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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Aconteceu...Trop bavarde! Muito conversadora!

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Ainda voltando à comunicação que implica nos bons casos transmissão de pensamento e emoção, e perante um comentário da Nicha sobre o ensino da Filosofia até ao 12º ano, desculpem, sobre o não ensino, ontem liguei a rádio e ouvi...
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Em Portugal, neste momento, são seniores quem frequenta o curso. Reformados, desempregados à espera de reforma, ou pessoas que querem aprofundar estes campos do pensar.
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É muito triste e preocupante esta situação mas compreende-se. Se os jovens estudam e é suposto arranjarem lugar no mercado do trabalho, este curso não lhes interessa. Se não são precisos professores de filosofia, o emprego estreitou, e nem todos serão filósofos-investigadores.
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Esta situação é nova em Portugal. Há anos o curso era frequentado por jovens.
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Fiquei também a saber que em países estrangeiros, o ensino e a procura da licenciatura continuam como eram, a existir e interessar.
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É aliás curioso que a conversa nas escolas, mesmo dos mais pequenos, incluindo a pré, básico e as 2-3, nem sempre é bem vista. Perturba e é raramente aproveitado pelos professores para iniciar algum debate. Por isso são frequentes as anotações depreciativas que informam as famílias, trop bavarde, muito conversadora.
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Mas voltando às famílias, há quem não tenha mais que a 4ª classe ou o 6º ano e tenha uma enorme capacidade de pensar, tenha insight e facilidade de comunicar.
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Para isso, nem toda a gente precisa de ir à escola e tirar cursos para partilhar. As famílias deveriam ser a grande escola!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Acontece...comunicação, intimidade e limites são compatíveis e necessários

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Falava eu, um destes dias, de como é frequente a pouco ou nenhuma comunicação dentro das famílias. E, como esse facto pode dar origem a perturbações do desenvolvimento psicológico às crianças que crescem nestes ambientes.
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Mas também é complicado para o desenvolvimento infantil, as famílias que falam muito, com todos e de tudo. Refiro-me a famílias sem limites geracionais. É muitas vezes por bem, pais que tiveram umas educações rígidas, que pouco comunicaram entre si e cujo modelo era o da grande repressão e querem à força ser diferentes do que os pais foram para eles. Algumas crianças aguentam mas nem todas.
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Mas toda a gente, crianças ou adultos, têm necessidade de conversar, partilhar o que vai dentro deles. E não se partilha com qualquer pessoa. É preciso intimidade.
E há quem não tenha intimidade com a família, ou não a tenha perto de si.
Muitos construíram a família dos amigos. Pobre de quem não tem um amigo íntimo, daqueles que nos conhece a voz e percebe sem que lhe seja necessário dizer nada, que hoje eu preciso de ti, preciso de ficar em silêncio, ou falar e ser ouvida, precisar duma resposta compreensiva.
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Comunicar, partilhar, ser entendido, aprende-se, treina-se e ajuda uma pessoa a não se sentir só. Em criança ou já adulto. E isso é muito bom!
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De pequenino se torce o pepino...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Aconteceu hoje -3

Teremos sido nós, os Portugueses, que trouxemos o chá para a Europa depois de o ter provado no Japão, no século XVI.
Dizemos chá, como os japoneses, os tibetanos, os russos, os turcos, os árabes.
Já os nossos vizinhos espanhóis, franceses, ingleses, italianos e outros chamam-lhe qualquer coisa parecida com ti ou té.
Li que o simbolo oriental que indica esta planta, conforme as regiões pode ser lido por ti ou cha.
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Seja qual o nome que se lhe dá, ou o tipo de chá que se escolha, é uma bebida deliciosa, seja quente, em qualquer época do ano ou geladinho no verão.
Pessoalmente prefiro o preto, pesem as vantagens hoje apregoadas do verde, branco e vermelho, sem que há-ja no entanto estudos científicos que o comprovem.
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Sem que tenha sido combinado com alguma antecedência, hoje veio cá uma prima minha, da geração da minha Mãe, e à hora do lanche bebemos chá, coisa que faço todos os dias mesmo que esteja sòzinha.
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Depois de hesitar entre o Assam da Fauchon, o Montagne d´Or do Mariage Frères, o Darjeeling nº 37 da Kusmi, o Pekoe da Gorreana, acabei por optar pelo Prince of Wales da Twinings, uma vez que ela nunca tinha o tinha provado.
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Aberto o frigorífico e a despensa, dispus na mesa umas fatias de pão fresco, umas bolachas italianas fininhas e crocantes, boas para barrar, uns biscoitos, manteiga, 3 compotas diferentes caseiras e marmelada também feita cá em casa, e três variedades de queijos.
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A conversa fluiu entrecortada pelo bebericar, mastigar, saborear e comentar os vários paladares. Comparamos e trocamos receitas de doces.
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Acabado o lanche, ela comentou que se via mesmo que tenho costela transmontana, o que é verdade, por parte do avô materno.
E acrescentou, "se fosses só de Lisboa tinhas servido o chá com um bolo ou biscoitos".
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Achei graça à observação. Gosto da mistura regional que existe dentro de mim.