Teremos sido nós, os Portugueses, que trouxemos o chá para a Europa depois de o ter provado no Japão, no século XVI.
Dizemos chá, como os japoneses, os tibetanos, os russos, os turcos, os árabes.
Já os nossos vizinhos espanhóis, franceses, ingleses, italianos e outros chamam-lhe qualquer coisa parecida com ti ou té.
Li que o simbolo oriental que indica esta planta, conforme as regiões pode ser lido por ti ou cha.
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Seja qual o nome que se lhe dá, ou o tipo de chá que se escolha, é uma bebida deliciosa, seja quente, em qualquer época do ano ou geladinho no verão.
Pessoalmente prefiro o preto, pesem as vantagens hoje apregoadas do verde, branco e vermelho, sem que há-ja no entanto estudos científicos que o comprovem.
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Sem que tenha sido combinado com alguma antecedência, hoje veio cá uma prima minha, da geração da minha Mãe, e à hora do lanche bebemos chá, coisa que faço todos os dias mesmo que esteja sòzinha.
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Depois de hesitar entre o Assam da Fauchon, o Montagne d´Or do Mariage Frères, o Darjeeling nº 37 da Kusmi, o Pekoe da Gorreana, acabei por optar pelo Prince of Wales da Twinings, uma vez que ela nunca tinha o tinha provado.
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Aberto o frigorífico e a despensa, dispus na mesa umas fatias de pão fresco, umas bolachas italianas fininhas e crocantes, boas para barrar, uns biscoitos, manteiga, 3 compotas diferentes caseiras e marmelada também feita cá em casa, e três variedades de queijos.
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A conversa fluiu entrecortada pelo bebericar, mastigar, saborear e comentar os vários paladares. Comparamos e trocamos receitas de doces.
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Acabado o lanche, ela comentou que se via mesmo que tenho costela transmontana, o que é verdade, por parte do avô materno.
E acrescentou, "se fosses só de Lisboa tinhas servido o chá com um bolo ou biscoitos".
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Achei graça à observação. Gosto da mistura regional que existe dentro de mim.