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A D. Maria era a lavadeira de Sintra, que de carroça e burro passava todas as semanas para buscar a roupa que entregava por passar na semana a seguir. Estamos nos anos 60, altura em que não tínhamos ainda máquina de lavar roupa. Ora a D. Maria era muito simples, tratava toda a gente da mesma forma. Fosse a senhora marquesa do 5º direito que para ela foi sempre a D. Amela, assim sem i, fosse a porteira a quem ela tratava de igual forma, a D. Emila, sem i também.
A D. Maria era a lavadeira de Sintra, que de carroça e burro passava todas as semanas para buscar a roupa que entregava por passar na semana a seguir. Estamos nos anos 60, altura em que não tínhamos ainda máquina de lavar roupa. Ora a D. Maria era muito simples, tratava toda a gente da mesma forma. Fosse a senhora marquesa do 5º direito que para ela foi sempre a D. Amela, assim sem i, fosse a porteira a quem ela tratava de igual forma, a D. Emila, sem i também.
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Pois esta D. Emília, cá vai o nome certo, precisou algumas vezes de tirar dentes. O dentista seria raro e caro, mas ela não se atrapalhava. Atava ao dente um fio que prendia na porta de dentro do elevador, daqueles ainda com porta de lagarta em ferro. O senhor António, com quem era casada, subia ao 1º andar e puxava o elevador e lá conseguia, depois de algumas tentativas repetidas arrancar o dito.
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Pois esta D. Emília, cá vai o nome certo, precisou algumas vezes de tirar dentes. O dentista seria raro e caro, mas ela não se atrapalhava. Atava ao dente um fio que prendia na porta de dentro do elevador, daqueles ainda com porta de lagarta em ferro. O senhor António, com quem era casada, subia ao 1º andar e puxava o elevador e lá conseguia, depois de algumas tentativas repetidas arrancar o dito.
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O marido, em expediente médico-cirúrgico não se ficava atrás. Tinha umas boas varizes nas pernas, e um dia pensou que se aquelas coisas ali estavam saídas, o melhor era cortar o mal pela raiz, como já tinha feito com uns calos e uns cravos. E assim o fez, na cozinha. Escolheu a melhor faca, afiou-a com todo o cuidado, sentou-se numa cadeira, esticou a perna e com toda a sua força tentou cortar aquela excrescência. Só que mal deu uma facada, o sangue jorrou com pressão saindo em jacto e sujando o tecto. Quanto a ele, caiu para o lado e foi levado de urgência em shock.
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Gente simples!
Um filme agarrado ao "humor negro"...
ResponderEliminarCoisas que ainda agora acontecem com o mesmo sentido e n'outras versões.
Quanto ao tratamento da senhora lavadeira de Sintra na sua relação com o «outro» em geral penso que é incomparávelmente mais decente e correcto do que o DONA de hoje e SRA.isto e sra Maria,aquilo; qd na generalidade éramos uma geração de Marias qq coisa ou o inverso (tu foste uma excepção à regra). Também existe o "Oh Dona" e tiques e toques que nos deixam uma repulsa de fugir de carroça abaixo e acima de burro até Sintra, pois claro. Tão urgentemente como o seu marido veio decerto para Lisboa.