segunda-feira, 2 de maio de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
Poema - Eugénio de Andrade
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CANÇÃO
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Tinha um cravo no meu balcão;
........veio um rapaz e pediu-mo:
........- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
........veio um rapaz e pediu-mo:
........- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
.......só não dei o coração;
.......mas se o rapaz mo pedir:
.......- mãe, dou-lho ou não?
CANÇÃO
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Tinha um cravo no meu balcão;
........veio um rapaz e pediu-mo:
........- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
........veio um rapaz e pediu-mo:
........- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
.......só não dei o coração;
.......mas se o rapaz mo pedir:
.......- mãe, dou-lho ou não?
sábado, 30 de abril de 2011
Aconteceu...para não falar de coisas sérias
Ontem no Algarve, entrei num restaurante daqueles que têm a televisão aberta sem som quando passavam no telejornal imagens incríveis da minha cidade, ruas cobertas de manto branco gelado com meio metro de altura, carros afogados em rios gelados, pessoas a serem socorridas ao colo, imagens dantescas resultantes de "fenómenos naturais", como uma tempestade que se abate sobre a cidade e uma granizada monumental, que deixa Lisboa, na Primavera, irreconhecível.
Um acontecimento único, raro, que faz sair a minha cidade em todos os telejornais e eu, logo hoje, não estava lá.
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Havia uma gelataria em Sesimbra, que tinha na parede uma fotografia da vila coberta pela neve. Por baixo a data. Naquela altura também nevou em Lisboa, mas eu era tão pequena que não me lembro..
Há poucos anos, estava eu na Costa da Caparica, e caíram uns flocos de neve que formaram um discreto manto branco nas ruas e jardins. Do outro lado do rio Tejo não caiu nenhum.
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Vivi um ano na Beira Alta, onde neva quase todos os anos. Pois durante aquele tempo nunca nevou! Gelo, muito, não como ontem em Lisboa mas diariamente uma camada leve cobria tudo, tornando as estradas escorregadias e perigosas.
Aqui no Sul esteve muito agradável, com grandes abertas de sol e temperatura amena!
Isto hoje parece que estamos no elevador com um vizinho, como está, isto hoje está mais frio, palavras para não se ficar calado.
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conversa de empatar,
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sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Poema - Patrícia Baltazar
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Em paisagens humanas importa-me distinguir a sede dos olhos que ainda procuram.
Em paisagens humanas importa-me distinguir a sede dos olhos que ainda procuram.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Aconteceu...hábitos tabágicos em pré adolescentes
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No início da minha vida profissional, quase todos na equipa éramos fumadores. Fumava-se antes, durante e depois das reuniões, fazendo com que o ambiente fosse semelhante a um dia de grande nevoeiro, baço e translúcido.
Havia médicos que fumavam durante as consultas, mesmo que o cliente fosse uma criança.
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Nos anos 80, 90 e 2000, verifica-se uma diminuição de adultos fumadores, mas aumenta o tabagismo nos adultos jovens e também nas crianças pré adolescentes. Não temos estudos epidemiológicos em Portugal que nos forneçam dados, é mais um conhecimento por evidência.
Não ouvi ainda nenhum dos pré adolescentes ou um pouco mais velhos falarem-me nos seus hábitos tabágicos com preocupação. A maior parte esconde, mas outros sentem nisso algum orgulho, forma de se afirmarem como crescidos, de serem aceites em certos grupos.
Este acessório postiço como forma de se afirmar para o exterior pode esconder nesses jovens uma fragilidade interna que fica menos acessível aos outros com algumas atitudes como esta.
O tabagismo precoce pode ser definido como o fumo de 10 e mais cigarros por dia.
Alguns podem iniciar-se cedo, tão cedo como aos 8 anos, em crianças sem famílias ou com famílias desorganizadas e que protegem pouco.
Não admira pois que, a par do consumo precoce de cigarros, este último grupo de crianças apresentem frequentemente outras dificuldades, como rendimento escolar deficitário, alterações de comportamento, absentismo escolar, podendo se deixados entregues a si próprios, vir a engrossar o número dos que acabam por abandonar a escola e outras situações que os colocam à margem da sociedade.
A resolução deste problema não pode começar na consulta dos psicólogos ou pedopsiquiatras. É um problema social e quem tem acesso a estas crianças e famílias é quem com elas lida desde cedo, serviços instalados na comunidade, cuidados primários de saúde, serviços sociais, creches, escolas. Enviar aos serviços de especialidade médica anos depois dos quadros psicopatológicos instalados é como apagar o lume depois do leite entornado.
A resolução deste problema não pode começar na consulta dos psicólogos ou pedopsiquiatras. É um problema social e quem tem acesso a estas crianças e famílias é quem com elas lida desde cedo, serviços instalados na comunidade, cuidados primários de saúde, serviços sociais, creches, escolas. Enviar aos serviços de especialidade médica anos depois dos quadros psicopatológicos instalados é como apagar o lume depois do leite entornado.
terça-feira, 26 de abril de 2011
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