terça-feira, 25 de maio de 2010

Aconteceu...notícias

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1 - Há dias li no jornal que " A sala de fumo para deputados, funcionários e jornalistas já foi orçamentada e vai ser construída". O orçamento de 380 mil euros parece ter sido rejeitado.
Se em todo o sítio as pessoas vão fumar à rua porque se põe neste caso esta ideia tão dispendiosa?

2 - A Ministra da Saúde Dra. Ana Jorge, por quem tenho a maior consideração, vai querer baixar os gastos com algumas medidas. Uma delas será a de não se poder contratar novos técnicos.
No meu serviço hospitalar, há muito que não se contratam médicos, apesar de ter havido uma série deles que se reformaram. Tem havido também um emagrecimento das equipas multidisciplinares. Com franco prejuízo para as crianças e famílias que nos procuram.

3 - Amanhã, e depois de meses parada pelo meu pezinho, retomo o serviço.

4 - Já não fumo.

Nota - A fotografia do pé engessado vai-se manter. Foi ele o motivador da criação deste blogue.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Poema - Mário Henrique Leiria

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RIFÃO QUOTIDIANO

Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia

chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a

é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece

domingo, 23 de maio de 2010

sábado, 22 de maio de 2010

Aconteceu...a propósito de uma notícia - 8

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Romero chegou ao cimo do Pico Everest. Seria notícia ou não este feito, mas tendo Romero 13 anos, o facto muda de figura.
Aos 10 anos tinha escalado o Kilimanjaro na Tanzânia, e aos 11 o Monte McKinley no Alasca e o Aconcágua na Argentina.
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Já tinha lido há uns tempos uma breve notícia sobre este jovem, e algumas considerações sobre estes actos arriscados que desde cedo ele faz.
Não sei nada dele nem da família para poder inserir estes factos e poder compreender melhor a situação.
Dará dinheiro aos pais estas aventuras? Tal como alguns miúdos que participam em telenovelas e no mundo do espectáculo, estará ser "usado"?
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"É qualquer coisa que sempre sonhei fazer antes de morrer".
Esta frase é dele, à chegada ao cume. Aos 13 anos! Mais do que o risco, trata-se provavelmente de um rapaz que não está a viver a sua fase de crescimento de forma adequada. Espero que alguém se preocupe.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Poema - Rui Miguel Ribeiro

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AS PALAVRAS
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Escuto só as tuas palavras
Tenho o presente a partir
da minha fraqueza.
Chega até mim
quem me explica
a luz surda destes dias.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Aconteceu...1as sardinhas

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Já sentada num restaurante encostado à praia, na altura de encomendar perguntei se as sardinhas eram frescas. Que não, eram congeladas mas muito boas, esforçou-se o empregado por vender. O ano passado, também aqui no Algarve caí numa dessas e não me apanham noutra. São grandes, secas e com pouco sabor.

Como o mercado era perto, toca de ir ver as ditas. Bom aspecto, todas torcidas e com o lombo já a querer arredondar. Vamos nisso e faz-se em casa, com umas batatinhas novas, salada de tomate, cebola e orégãos, um pimento assado, "carpáccio" de pepino, azeite de Trás-os-Montes do melhor, vinagre tinto alentejano e pão algarvio. Assadas e comidas na açoteia, à sombra da buganvília, bem bom!
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Há anos, convidada por um casal de algarvios para uma sardinhada,ouvi quase um insulto da senhora, pessoa de educação pouco burilada, por me ver temperar com azeite e vinagre a sardinha, e comê-la com garfo e faca em vez de a comer em cima do pão, com os dedos a retirarem os lombinhos e a levarem-nos à boca.
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Hoje ao almoço, em conversa a propósito dum livro de Manuel Teixeira Gomes, algarvio, comentou-se que ele descrevia na sua juventude uma ida à pesca numa traineira como observador. E contava que não se podia levar muitas coisas a bordo, pelo que os pescadores só levavam pão, vinho, fogareiros e carvão. A bordo faziam a fogueira que ficava pronta para assar um peixe. Na pesca ao atum, cardumes de sardinhas vinham a fugir dos vorazes atuns, pelo que enchiam as primeiras cestas com elas. Era só içarem para bordo, atirarem-nas para cima das brasas e depois comê-las em cima do pão, que a faina tem muitos momentos mortos mas quando chegassem os atuns não havia um momento de descanso.
Pusemos então a hipótese de ser esta a razão da sardinha ser comida simples e em cima do pão pelos algarvios. Será?
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Eu cá sou alfacinha
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