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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Aconteceu...mas afinal quem é o adulto?

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Uma onda mais forte, e o puto foi enrolado. Não houve perigo, o pai estava lá, mas o miúdo, pequeno de uns 5 anos, braçadeiras coloridas nos braços, assustou-se e chorou.
Depressa o colo do pai o consolou e ambos continuaram o banho.
Até o pai decidir que já chegava, tinha de ir apanhar sol na areia seca. O pai, que a criança não estava pelos ajustes.
Junto às toalhas e à mãe que estava deitada a bronzear-se ouço o pai a proibir, ele a insistir, o pai a querer que ele brinque com o balde e a pá, a mãe a ajudar o pai, sem efeito. O miúdo desceu para a borda de água como se ninguém estivesse a dizer-lhe que não.
Foi então que ouvi o pai dizer-lhe com o seu sotaque brasileiro, olha vai, vai que eu não vou, e sabe que mais, se vire sozinho!
E assim foi.

Passado algum tempo a mãe vai ao banho e o rapaz aproveita a boleia, dando-lhe a mão e avançando um pouco mais pela água dentro.
Pouco depois saiem e sobem para a toalha, enquanto a mãe explica ao filho que a água está a puxar muito e que ela não pode continuar lá. O miúdo ouve-a e comenta para o pai "coitada da mamãe, ela tem medo, apanhou um sustão!"

E lá voltou ele para a água.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Aconteceu...Inês, um dois três, ou as semelhanças iludem

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Outro dia, outro local e ouço a mesma frase, Inês, um dois três!
Estava numa piscina e vejo uma miúda de uns 7 ou 8 anos dentro de água, as braçadeiras poisadas na borda e uma mãe a mandá-la sair. A Inês não ligou patavina à mãe, mantendo-se na sua.
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Não sei se a minha escrita consegue descrever a cena. A Inês não sabia nadar. Deixava-se ir ao fundo e dava impulsão com as pernas, vinha à superfície e repetia a ginástica. "Nadava" assim aos saltos de canguru. Só que cada vez se afastava mais da borda e assim ia ficando cada vez com menos pé. A cabeça vinha ao de cima mas já não completamente. Ora se aproximava da borda ora se afastava e perdia mais o pé, de forma perfeitamente aleatória. A continuar assim, tinha grandes riscos de se afogar.
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A mãe chamava-a, ela não obedecia. Até que a mãe agarrá-a por um braço, e zanga-se por ela ter tirado as braçadeiras. Ela teima que é assim que quer. Um braço de ferro instala-se entre as duas, a mãe obriga-a a sair da água, tentando puxá-la para fora. Nessa altura e percebendo que está a perder o round a Inês afirma que quer pôr as braçadeiras. Nessa altura a mãe foi firme, retirou-a da água. De castigo a Inês foi para casa e acabou dessa forma o dia de piscina.
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Imagino que este tipo de "guerra" da Inês com a mãe e eventualmente com outras pessoas é frequente. Nesta idade e fase do desenvolvimento, estamos perante uma situação mais complicada que a da criança de 2 anos. Estruturou-se um modo de funcionamento em que a criança não aceita a sua insuficiência infantil, não reconhece uma escala geracional, os pais como coordenadores dos filhos, os pais que sabem mais. Esta situação pode-se repetir na escola, com os professores e noutros meios. Mas muitas vezes é mais marcado na família nuclear. .
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E novamente reparo, Inês rima mesmo com um dois três.