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domingo, 4 de setembro de 2011

Acontece...que também detesto o cheiro dos coiratos!

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Eu até gosto de feiras. Mas ter uma perto de casa durante um mês tira todo o gosto. Ele é barulho, cheiros, engarrafamentos, gente...

Mesmo assim, hoje à hora do almoço, hora morta para uma que abriu ontem, lá fui eu, mais duas amigas dar uma volta. 
Ocupa um jardim e algumas barracas tapam a via ciclável despudoradamente.
Este ano houve uniformização das tendas. Já estão montadas mas ainda não todas ocupadas, do lado dos ciganos da roupa ainda estão vazias. Talvez ainda estejam numa feira de Cascais, ou outra parecida.

Não sei porque não lhe mudam o nome. Devia passar a chamar-se Feiras das Farturas, já noutros anos tem sido assim, haverá clientes para tanta barraca? Farturas e churros, recheados de cremes coloridos, que dão a volta à barriga só de olhar!

Mas o pior de tudo são os coiratos! Grelhados, são de vómitos. Coiratos é a pele do porco, retirada da entremeada, assim uma coisa que se põe na brasa com sal, larga muita gordura, fica à mesma muito gorda, mas encaracolada, com uma côr clara e translúcida. Tem ar de ser mole e raimosa. Retirada do grelhador é servida em sanduiche, enfiada numa carcaça aberta ao meio.

Terá apreciadores, encontrei no Facebook uma página que lhe é dedicada. Mas pelo número de aderentes, desconfio que o grosso dos coirateiros é infoescluído.

Fumos saem das brasas das sardinhas, dos frangos e dos coiratos coiratos, dos fritos de farturas e dos churros, um minuto que vou ali fechar as janelas!

domingo, 5 de setembro de 2010

Aconteceu...que começou a feira, estamos em Setembro!

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É muito fácil gostar-se de certas coisas quando elas não nos ficam mesmo à porta de casa. Sem trânsito acrescido, ruas com sentido cortado, arrumadores para os poucos lugares que sobram, barulho, cheiros...
Quando estamos mais longe do local, tudo parece pitoresco, as compras baratas, o movimento das pessoas interessante, etc.
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Morei durante trinta e tal anos à beira do jardim que serve de poiso a uma feira anual, com duração de um mês. Em plena capital do país!
Não queiram saber! Enquanto os filhos eram pequenos, esse mês era todinho passado em férias, bem longe. Mesmo assim ainda havia feirantes que prolongavam a estadia sob o olhar desautorizado da autoridade camarária.
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Arrumar o carro era uma aventura, uma lotaria e quando se conseguia perto, motivo de regozijo.
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Frente à minha casa havia uma rua sem saída que só servia para estacionamento. As caravanas dos feirantes durante este período ocupavam-na quase por inteiro, aquilo era uma espécie de parque de campismo selvagem, na cidade. Era só vê-los de manhã em pijama a ir tomar o pequeno almoço ao café que ficava por baixo de mim, ainda cabelos desarrumados, cheiro a cobertor.
Ou a mesa de pic-nic ocupando um lugar para carro e eles ali ao almoço, panelas no fogão. Más condições para nós, residentes, e para eles feirantes.
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Um dia venho de trabalhar, já ao fim da tarde e vejo um espaçozinho para o meu carro, junto a uma roulotte. Toca a preparar-me para arrumar. Já quase o carro arrumado, só para acertar meto a marcha atrás, e de repente, dou-me conta de uma pessoa sentada numa sanita bem perto da traseira do meu carro. Pensei que estava a ter uma alucinação. Ou seria para alguns "apanhados"?
Mas era mesmo assim. Aflita dos intestinos, alguém tinha saído da carripana e tinha-se ido pôr a fazer as necessidades entre a "casa" deles e o meu carro, numa portatil! Consegui arrumar, bem juntinho às pernas da pessoa que continuava sentada a fazer as suas necessidades e fui para casa.
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Hoje, anos passados, tenho de me rir deste episódio!