Abri este blog quando fraturei o pé esquerdo. Retorno a ele agora que fraturei o pé direito.
terça-feira, 10 de junho de 2025
domingo, 29 de maio de 2022
Martinho da Vila no Coliseu de Lisboa
Foi ontem à noite e fui por curiosidade. Não tenho cultura musical dele, tirando umas duas músicas não conheço mais.
84 anos, uma voz possante, a sua orquestra em palco, onde também constam a filha e o neto, fez alguns intervalos convidando a fadista (?) Katia Guerreiro para cantar 2 músicas e o teclista dele que também toca sanfona. Este muito bom, ela teria sido dispensável.
Gostei dele cantar fado e outra música portuguesa.
O som era péssimo! Mal se conseguia perceber o que ele dizia.
Só próximo do fim o pessoal do Coliseu se animou, como se no Brasil estivesse, dançando e cantando entusiasticamente.
https://youtu.be/xGBBgrMW9Y4?t=7
terça-feira, 12 de abril de 2022
Ideias e insultos
Hoje saiu do Facebook o capitão de Abril Rodrigo de Sousa e Castro. Como muitas outras pessoas cansou-se de levar pancada quando escrevia as suas ideias. É nisto que deu aquela rede social com a guerra Rússia-Ucrânia. Como eles têm saído muitos. É que não há pachorra!
segunda-feira, 11 de abril de 2022
Os dias passam depressa
O que vejo? Ontem foi mais tv5, na rtp3 as interessantes as entrevistas da Anabela Mota Cardoso a "jovens" nascidos depois do 25 Abril e suas memórias, o telejornal da rtp2 e a série que se lhe segue, e uma ou outra série policial na Fox Crime. Os filmes da rtp2 costumam ser muito bons, o de hoje já vi no cinema.
Abençoados livros e a sorte que tenho de gostar de ler. Assim evito tanta coisa horrorosa.
domingo, 10 de abril de 2022
Hoje, apesar da outra guerra, a atenção esteve em França
Receei que a Le Pen pudesse ganhar. O crescimento da extrema direita na Europa é assustador.
sábado, 9 de abril de 2022
Está quase e vão subir de preço
Sra. Dra. tenho cravos vermelhos disse a vendedeira que me conhece bem, mas hoje eu queria outras.
sexta-feira, 8 de abril de 2022
O cravo vermelho ainda é uma espinha para muita gente
Li numa rede social uma fulana portuguesa a propor que no 25 de Abril se levassem girassóis em vez de cravos, inacreditável!
quinta-feira, 7 de abril de 2022
Ainda a parcialidade
Nas guerras há violência de parte a parte, ver só com um olho, como quem toma um lado cegamente, não lhe permite ver isso.
quarta-feira, 6 de abril de 2022
terça-feira, 5 de abril de 2022
A guerra e os desentendimentos
É nas redes sociais que uma frase, uma ideia cria o desentendimento, depois alastra à relação face a face...que se evita.
segunda-feira, 4 de abril de 2022
domingo, 3 de abril de 2022
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022
Devia falar da guerra mas...
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Ontem antes de adormecer recebi uns bonecos suposto terem piada sobre esta coisa incrível a que estamos a assistir quase em directo da guerra Putin a invadir a Ucrânia. Não achei graça nenhuma, nem mesmo pela rapidez com que foram feitos.
Guerra, fez-me pensar no meu Pai, que já morreu há 43 anos.
Quando nasci, sete anos depois do fim da 2a grande guerra, o meu Pai ficou contente, desejava uma menina. Como rapariga não seria chamada à guerra caso a houvesse, disse-me ele um dia.
Deu agora na televisão as imagens de mães e filhos a tentarem fugir da Ucrânia. Os homens foram chamados para combaterem.
Que tristeza, nunca esperei viver este tipo de guerra.
domingo, 20 de fevereiro de 2022
No ginásio
Muito bom aquele ginásio. Bem situado, grande e espaçoso.
Para quem o conhece desde a sua formação, começa a notar-se falta de manutenção. uma luz que pisca num dos vestiários (são vários), porta dos armários de guardar os pertences com algumas falhas nas dobradiças, as máquinas da sala de musculação estão como eram inicialmente, mas nada de grave, funcionam. Cada uma tem um écran onde se pode escolher várias opções. Como vou de manhã aproveito para ver um canal de notícias, ou quando tenho mais tempo um episódio de uma série. Em casa não tenho o canal francês ARTE, aproveito ali, com os meus auscultadores postos.
Acabado o treino vou muitas vezes à piscina aquecida, tomo o meu duche, passo pela sauna mais para me secar do que outra coisa, arranjo-me e vou para casa.
Hoje, domingo, o duche onde entrei não estava muito limpo. Saí e escolhi outro. E debaixo do duche, quente e forte, comecei a fantasiar o que aconteceria, face à deficiente manutenção, se a água fria não caísse e a água quente ficasse ainda mais quente. Imaginei gritos saindo das cabines, algumas pessoas com queimaduras graves, nomeadamente as que não tinham conseguido sair de imediato.
Isto enquanto a água com boa temperatura escorria por mim, a começar pela cabeça e afagando-me o corpo.
Sim, nada de terrífico aconteceu. Mas hoje deu-me para fazer estas fantasias. Amanhã serão outras.
domingo, 12 de dezembro de 2021
Cozinhar distraí.
O que leva uma pessoa que vive sozinha a cozinhar um cozido à portuguesa bastante completo?
- Esperança que alguém apareça?
- Uma forma de estar entretida?
Sobrou para várias refeições.
domingo, 28 de novembro de 2021
A memória pode ser como as cerejas
Ontem nomeei viagens que fiz.
Em Portugal foram as primeiras, como é óbvio, em Espanha um pouco mais tarde.
Ficou-me o bichinho de passear e conhecer.
Mas quando os meus Pais me levaram ao Museu do Prado, teria uns 8 ou 10 anos, o que melhor me lembro é ter vomitado à saída. Plim!
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
Viagens suspensas, pandemia espreita.
Julgo poder afirmar que conheço quase todo Portugal.
Sempre que tem sido possível, tenho feito umas viagens para fora do país.
Comecei com os meus Pais, em criança, Espanha e França. Os Museus do Prado e o Louvre, parcialmente e com obras por eles escolhidas, fizeram parte do programa. Custosa era a travessia da Espanha de carro pois ainda não havia ar condicionado naquela altura.
Continuei depois por várias vezes visitando estes mesmos países mas acrescentando Inglaterra, Alemanha, Suíça, Mónaco, Bélgica, Holanda, Itália, Vaticano, Malta.
Brasil, Cuba, EUA, Canadá, Índia, Nepal, Vietname, Laos, Camboja, Turquia, Noruega, Islândia, Marrocos foram as viagens mais longínquas e de maior duração. Aprendi que mais de 15 dias fora é muito para mim. A partir daí penso com saudades em bacalhau cozido e grelos.
Em alguns dos países só conheci as capitais, outros de carro ou autocarro viajei por todo o território.
Tinha-me inscrito e já estava paga uma viagem ao Peru quando começou a pandemia que acabou cancelada. Tenho agora paga uma viagem por 6 dos Emiratos Árabes com visita de 3 dias à Expo no Dubai.
Desde ontem tenho pensado que também esta será provavelmente cancelada. Complicado mundo com pandemia.
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
Ministra senhoreca, injusta e sem vergonha!
Haverá algum médico que hoje não se tenha sentido ofendido e injustiçado? Não acredito.
Desde há dezenas de anos que o Serviço Nacional de Saúde depois de um tempo de grande entusiasmo tem vindo a definhar. Só um pequeno exemplo pessoal, aposentada desde 2018, fomos dois na mesma altura, ainda não fomos substituídos. E éramos demais? Não, de modo nenhum! E as condições já não eram boas.
Nos últimos anos muitos médicos aposentaram-se, e muitos outros saíram para o privado.
Quando começou a pandemia um decreto impediu mais saídas a não ser por aposentação pela idade.
Os serviços ficaram mais pobres e com um trabalho como nunca se tinha visto. Dias e noites sem irem a casa, médicos, enfermeiros, auxiliares, todos deram o máximo. Inventaram-se pavilhões para meter camas, cuidados intensivos sempre em rotura, quase acima do limite.
E hoje a ministra da saúde, perante nova pandemia, esqueceu-se do que o pessoal aguentou, famílias dos médicos rebentaram etc. Não se lembrou certamente de tudo o que fizeram.
Teve a lata, a falta de nível ao afirmar que a solução era contratar mais médicos mas escolhê-los não só pelos conhecimentos mas pela resiliência.
Quererá médicos de aço? Robots?
Vai lá manter-se? Sem uma desculpa? E depois que se demita!
terça-feira, 23 de novembro de 2021
A 3a dose da vacina "Covid" com cobertor curto.
Recebi marcação para levar a 3a dose da vacina. Pavilhão 3 na Cidade Universitária. Nunca lá tinha ido.
Procurei, perguntei a uma ou duas pessoas e lá cheguei. Marcada para as 16h54, cheguei um pouco antes. Estava frio e foi arrefecendo ainda mais porque...
Umas boas dúzias de pessoas à espera, ao ar livre. Eu tenho a mania que sou jovem mas realmente eram sobretudo pessoas de idade, algumas em cadeiras de rodas, com bengalas, e quase todas acompanhadas, por filhos adultos ou afilhadas.
Umas duas dúzias de cadeiras das de plástico branco, permitiam que os mais precisados se sentassem.
Ouviam-se protestos esparsos, um ou dois clamavam pelo Vice-Almirante, em voz mais baixa falavam com desprimor da Ministra etc.
Um senhor que andaria na casa dos 70 anos, gordo, barrigudo, cara redonda e pele vermelha, por cima e por baixo da máscara, claro, dizia que lá em Castro de Aire aquilo não era frio. Lá é que é e com um copito aguentava-se bem. Estava bem disposto, embora tivesse ido àquela hora porque a marcação para ele e para e "minha senhora" tinha quase 45 minutos de diferença. Ela iria primeiro. Mas ele não estava aborrecido, tentava meter conversa com quem estava ao pé. Falava da décalage dos horários mas sem críticar.
Todos os idosos metiam dó. Embrulhados com casacos, cachecóis, e até casacos que os filhos dispensavam, mesmo assim cheios de frio.
Bombeiros iam fazendo a chamada por hora e minutos, 16h15, 16h17, 16h19 e assim sucessivamente. Eu esperava e felizmente ia mesmo muito bem agasalhada.
A passagem do ar livre após a chamada era para um túnel tapado que antecedia a sala do pavilhão.
Certa altura o bombeiro deve ter tido pena das pessoas ao frio e chamou uns cinco minutos em conjunto. Foi a minha vez de dar o passo e ficar a aguardar no tal túnel, depois de mais de uma hora ao ar frio. Há anos que não estava tão encostada a pessoas, nem no metro nem no autocarro que por vezes uso, fora das horas de ponta, é certo. Nenhuma distância como é recomendada.
Depois de entrar, lá dentro saía a indicação "deixa entrar dois" ou três, quer dizer sair do túnel e entrar no pavilhão. Aí as coisas corriam como esperado.
As cadeiras estavam organizadas, as indicações eram precisas para manter a ordem de entrada.
A certa altura precisei de ir ao WC. Eu nem queria acreditar, uma sanita para todas as mulheres que estavam no pavilhão! Haveria certamente mais mas estavam fechadas. Acabei por deixar passar umas velhinhas aflitas à minha frente, antes que algum acidente lhes acontecesse.
Daqui em diante as coisas correram bem...embora só houvesse 12 enfermeiros a vacinar. Para muita gente eram as duas vacinas, gripe e covid, eram poucos técnicos e demorava um bocado.
Saí perto das 19h. Sem o lanchinho que da outra vez a CML ofereceu.
Não, já não precisamos do Alm. Gouveia e Melo, precisamos que contratem pessoal de enfermagem porque quando da desactivação dos centros eles foram dispensados. E que não mandem juntar-se quem tem horário e quem não tem. Isto sim, foi falta de organização.
Cobertor curto ou tapa o pescoço ou os pés, lá diz o povo.
Nota- Li hoje que ao fim da tarde naquele posto de vacinação, quem estava pela "casa aberta", foi anunciado que podia, foi enviado de volta para casa e mandados ir hoje de manhã.
domingo, 14 de novembro de 2021
Notas de uma excelente peça de teatro
Já foi quase há um mês mas ando muito atrasada em anotar memórias.
Sob inspiração do romance de Augusto Abelaira, A Cidade das Flores, de 1959, Joana Craveiro e o Teatro do Vestido criam Juventude Inquieta. Passado em Florença, na época da ascensão do fascismo de Benito Mussolini, este livro tem-nos inspirado e levado a reflectir sobre a resistência ou a luta activa contra os sistemas autoritários – velhos e novos - e a inércia que se instala e à qual, em tempos, se dava o nome de conformismo, resignação, ou mesmo, colaboração.
Escrevia Abelaira em 1961, "tenho esperança de que, dentro de 50 anos, a Cidade das Flores já não seja lida." O seu desejo, contudo, não se cumpriu. E daí esta peça.

