Completamente baralhada! Nos últimos tempos tem-se ouvido o governo falar na necessidade de cortar as gorduras.
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Começaram os cortes nos ordenados dos funcionários públicos, pensei que a gordura eram os vencimentos.
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Depois houve o aumento dos impostos. Tive de fazer ginástica mental, e lá consegui encaixar que a gordura era o dinheiro que sobrava às pessoas do seu vencimento.
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Depois foram os aumentos dos transportes público, aqui percebi, porque a malta vai a pé ou de biciclete para poupar nos bilhetes e assim perde gordura.
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Depois foi a subida do preço da água. Haverá menos banhos e portanto a água também será uma gordura.
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Por último o corte nos descontos da pílula anti contraceptiva nas farmácias. E aqui baralhei-me toda.
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Ora eu sei, tenho a certeza, eu que tão poucas tenho, que muitas mulheres não vão poder ir aos centros de saúde para obter o comprimido. Com os empregos de hoje, precários, faltar para ir ao centro de saúde, deslocação, taxa moderadora, o mais certo é não tomarem a pílula. Como resultado vai haver mais gravidezes indesejadas. De forma errada, que o aborto não deveria ser um método de planeamento familiar, haverá quem a ele recorra, apesar de todo o sacrifício que uma interrupção involuntária da gravidez causa à mulher, aumentando o número das que tentarão abortar. Legalmente, felizmente que assim o é. Aumentarão a gordura dos serviços de obstretrícia e as consultas de ginecologia e de psis. Aqui não vejo o corte.
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Outras deixarão a gravidez continuar e isso sim, será realmente um aumento da gordura...no estado de grávida.
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Tal como no colesterol, sabe-se hoje que há o bom e o mau.
Desconfio que estão enganados nesta escolha para os cortes de gordura. É que a pior parece intocável! Quanto aos outros, a quem andam a obrigar a fazer dieta, vão ficar mal.
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