.
Alguns aldeamentos no Algarve quase só têm habitantes no verão. Começa o tempo quente e aos fins-de-semana começam a ver-se algumas pessoas, uns feriados que fazem ponte; mas em Julho e Agosto é que todas as casas ficam cheias.
.
Há no entanto uma ou outra casa habitada, muitas vezes por estrangeiros que fogem para a terra deles no verão. Fazem bem, no sossego é que isto é simpático.
.
Mas hoje percebi que há outros habitantes que se apropriam dos espaços.
.
Preto, muito preto, estava um gato deitado na grelha superior do barbecue. O sol batia-lhe de chapa, e eu imaginei como se devia estar ali bem.
.
Sem me pedir licença, eis que pela porta que dá para a açoteia, vulgo terraço noutras paragens, um gato tigrado cinzento olha-me lá de fora com curiosidade. Levanto-me para pegar na máquina fotográfica e o bichano, naturalmente fugiu. Segui-o. Com um salto enfia-se pela buganvília e meio escondido pára e olha-me virando a cabeça para mim. Tiro-lhe umas fotos e recolho-me à sala. E eis, que atrevimento e que confiança, o vejo à porta de casa e se propõe entrar. Está magrito coitado, e é novo. Olha para a sala, uns passos e está no quarto, mas quando me aproximo sai a correr e foge pelos telhados.
.
Olho mais longe, e lá está mais um, deitado num terraço, ao sol.
.
São eles os donos do aldeamento nesta época do ano. O espaço é deles. Pouco exigentes, procurando o calorzinho e se lá ficam a espreguiçar-se. Esperava-os mais ariscos.
Alguns aldeamentos no Algarve quase só têm habitantes no verão. Começa o tempo quente e aos fins-de-semana começam a ver-se algumas pessoas, uns feriados que fazem ponte; mas em Julho e Agosto é que todas as casas ficam cheias.
.
Há no entanto uma ou outra casa habitada, muitas vezes por estrangeiros que fogem para a terra deles no verão. Fazem bem, no sossego é que isto é simpático.
.
Mas hoje percebi que há outros habitantes que se apropriam dos espaços.
.
Preto, muito preto, estava um gato deitado na grelha superior do barbecue. O sol batia-lhe de chapa, e eu imaginei como se devia estar ali bem.
.
Sem me pedir licença, eis que pela porta que dá para a açoteia, vulgo terraço noutras paragens, um gato tigrado cinzento olha-me lá de fora com curiosidade. Levanto-me para pegar na máquina fotográfica e o bichano, naturalmente fugiu. Segui-o. Com um salto enfia-se pela buganvília e meio escondido pára e olha-me virando a cabeça para mim. Tiro-lhe umas fotos e recolho-me à sala. E eis, que atrevimento e que confiança, o vejo à porta de casa e se propõe entrar. Está magrito coitado, e é novo. Olha para a sala, uns passos e está no quarto, mas quando me aproximo sai a correr e foge pelos telhados.
.
Olho mais longe, e lá está mais um, deitado num terraço, ao sol.
.
São eles os donos do aldeamento nesta época do ano. O espaço é deles. Pouco exigentes, procurando o calorzinho e se lá ficam a espreguiçar-se. Esperava-os mais ariscos.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Convido a comentar quando lhe apetecer.