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Ilha é definida como um pedaço de terra rodeado por mar.
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Ninguém se lembra em Londres que estamos numa ilha. Mas quando estamos em ilhas pequenas, daquelas em que se vê o mar de quase todo o sítio é difícil esquecer.
É o caso das nove ilhas dos Açores, que sendo pequenas, são dos sítios mais bonitos que conheço.
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Os aviões não levantam sempre, há muitas vezes que o vento ou o nevoeiro os impedem.
Consegui estar cinco dias na Ilha das Flores, com o Corvo ali ao lado, e nunca houve avião nem barco para lá ir.
Foi muito curioso quando entrei para comprar lenços de assoar e não havia. A senhora da loja agarrou nuns guardanapos de papel e deu-mos. Não quis dinheiro, explicou-me que quando faltam coisas e o transporte tarda, a solidariedade existe.
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Um dia, estava em S. Miguel e ouvi que tinha havido uma fuga de presos. A notícia criou-me uma sensação de aperto no peito, fugir para onde?
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Conheci uma criança que veio com o pai ao Hospital onde eu estava. Ele era de outra ilha. A mãe tinha pavor dos aviões e dos barcos. Nunca tinha saído da ilha dela e não se via grande hipótese de alterar a situação. Tive também um aperto no peito, sentimento de claustrofobia.
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Em Santa Maria um dos sítios onde me levaram foi ver os restos de um avião que caiu e ao monumento que foi construído no local da queda. Uma visita quase macabra, mas que entendi como uma viagem obrigatória, uma espécie de peregrinação em que em vez de rezar se pensa lagarto, lagarto!
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Mas no fundo, não há quem morando a menos de cinquenta quilómetros de Lisboa nunca a tenha visitado?
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E as fronteiras que existem na nossa cabeça não serão as mais difíceis de transpor?
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Ninguém se lembra em Londres que estamos numa ilha. Mas quando estamos em ilhas pequenas, daquelas em que se vê o mar de quase todo o sítio é difícil esquecer.
É o caso das nove ilhas dos Açores, que sendo pequenas, são dos sítios mais bonitos que conheço.
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Os aviões não levantam sempre, há muitas vezes que o vento ou o nevoeiro os impedem.
Consegui estar cinco dias na Ilha das Flores, com o Corvo ali ao lado, e nunca houve avião nem barco para lá ir.
Foi muito curioso quando entrei para comprar lenços de assoar e não havia. A senhora da loja agarrou nuns guardanapos de papel e deu-mos. Não quis dinheiro, explicou-me que quando faltam coisas e o transporte tarda, a solidariedade existe.
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Um dia, estava em S. Miguel e ouvi que tinha havido uma fuga de presos. A notícia criou-me uma sensação de aperto no peito, fugir para onde?
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Conheci uma criança que veio com o pai ao Hospital onde eu estava. Ele era de outra ilha. A mãe tinha pavor dos aviões e dos barcos. Nunca tinha saído da ilha dela e não se via grande hipótese de alterar a situação. Tive também um aperto no peito, sentimento de claustrofobia.
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Em Santa Maria um dos sítios onde me levaram foi ver os restos de um avião que caiu e ao monumento que foi construído no local da queda. Uma visita quase macabra, mas que entendi como uma viagem obrigatória, uma espécie de peregrinação em que em vez de rezar se pensa lagarto, lagarto!
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Mas no fundo, não há quem morando a menos de cinquenta quilómetros de Lisboa nunca a tenha visitado?
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E as fronteiras que existem na nossa cabeça não serão as mais difíceis de transpor?
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