terça-feira, 9 de março de 2021

E que tal uns croquetes! A memória afectiva é muito importante!

 352º dia do recomeço do blog 

Talvez se saiba de alguma coisa do desconfinamento amanhã. As saudades dos meus netos vão antecipá-lo.

Às 4as feiras o Francisco faz um ensaio de piano comigo. Inicialmente, já há uns anos comigo ao lado e eu a saber talvez um pouco mais que ele. Desde o confinamento por WhatsApp com imagem e eu a saber menos que ele. Sou assim um auxiliar, apoio-o naquele tempo e ele vai avançando. 

Estou cheia de saudades e resolvi que amanhã irei. Ele está sempre em casa ou na outra avó onde almoça, não há grande perigo que está tudo resguardado. Queres que eu vá, perguntei eu, Quero, que bom, respondeu, as primas estarão lá mas eu tenho tantas saudades tuas! 

Ontem ao telefone, ele tinha tanta coisa para me contar e ia dizendo "amanhã mostro-te!".

À despedida perguntei-lhe se queria alguma coisa para o lanche que eu podia levar e ele disse contendo a satisfação que saía por todos os lados "Croquetes!". Logo à tarde fritarei e irão quentinhos.

segunda-feira, 8 de março de 2021

Dia Internacional das Mulheres

 351º dia do recomeço do blog 



domingo, 7 de março de 2021

Graças à vacina, a poliomielite está quase erradicada. Um dia também a Covid-19 estará.

 350º dia do recomeço do blog 

Li que cerca de 80% da população está a sair de casa durante o confinamento, o que comparando com outras alturas só mostra que ele não está a ser cumprido.

As pessoas estão fartas. Eu também. Dei por mim a ir de manhã cedo buscar um gelado Häggen-Dazs ao Continente que fica a cinco minutos feitos a pé de minha casa. Eu que nem ao Continente ia de semana e fui ao domingo! Um gelado para compensar a "prisão"?

Havia sol e o dia estava bonito. Demorei uma meia hora nem tanto.

Mas se eu que acredito que há vírus, muito contagioso, e com risco de gravidade, o que pensarão e farão quem desvaloriza a situação, ou simplesmente pensa que vai ser tão bom sair que nada nos vai acontecer.

Parece que talvez seja decidido esta semana algum dos patamares do desconfinamento, palavra que o diccionário do computador não reconhece. 

Como estarão os preparativos para isso, nomeadamente os testes nas escolas, aos educadores, auxiliares, porteiros, cozinheiras que lá trabalham, se é que abrirem para os mais pequenos é uma das hipóteses?

Começou hoje na RTP2 uma série que passará aos domingos. Na altura em que se situa a história, havia muita resistência de alguns países vacinarem contra a poliomielite. E neste 1º episódio acompanha-se um miúdo que deixou de se mexer. Infectado. E quando perguntam à médica o que fazer, para além das medidas para tratar os sintomas, um pulmão de aço porque o diafragma deixou de se mexer e portanto de permitir por si os movimentos de respiração, ela só respondeu que mais nada, teria de se esperar que passasse e depois se veriam as sequelas. Todos nós conhecemos em Portugal quem, antes da vacina, tenha ficado com uma perna mais curta, bota compensatória, até com um ferro para ajudar ao movimento. 

Certamente também um dia será erradicada a Covid-19 depois de vacinação em massa. Deseja-se.

sábado, 6 de março de 2021

"Coleção de Amantes"

 349º dia do recomeço do blog  

Tenho plena consciência de que sou uma privilegiada, burguesa aposentada e que nem está em teletrabalho. 

Estes tempos de pandemia e confinamento criaram necessidade de alterar os hábitos. Estou a referir-me a espectáculos culturais. Não podemos sair e ir mas eles podem vir ter connosco. A alguns de nós, que nos interessamos e até podemos pagar bilhetes a preços irrisórios.

Ontem assisti a um concerto de piano e voz em directo do Teatro de São Carlos. Obras de Fernando Lopes Graça, Nuno Vieira de Almeida ao piano e voz de Susana Gaspar. Dizia no anúncio ser gratuito mas afinal havia um pagamento de 3,73€. Foi muito bom, embora a música de Lopes Graça, com excepção para as Canções Heroicas, muito ouvidas e que muitos sabemos de cor.

Hoje, através do FB assisti a um directo de teatro, "Coleção de Amantes" de Raquel André, que o fez frente a um computador, em sua casa, eventualmente o seu pequeno escritório. Neste texto, Raquel conta como estabeleceu centenas de relações, com duração de 1 hora para construir uma intimidade ficcionada, ilustradas por inúmeras fotografias. Entender o que é a intimidade e o que os seus/suas amantes consideram que é. Para além do texto que lê como se falasse e inúmeras fotografias que ilustram as relações referidas, o espectáculo é isso.

Achei muito interessante o tema, num período em que a nossa intimidade foi alterada, em que falamos pelo telefone ou por programas através da internet. O que é hoje a intimidade? Como manter a intimidade com quem já tínhamos? E como criar com pessoas que só conhecemos à distância.

Podia-me ter inscrito para no final ter uma conversa com a autora, mas não me inscrevi e fiquei com pena.

Organizado pela A Gráfica - Centro de Criação Artística. Desconhecia a sua existência. Que continuem!

sexta-feira, 5 de março de 2021

O mistério do cartão

 348º dia do recomeço do blog  

Estes dias numa área protegida, serra e polje muito bonitos, justificavam carregar uma máquina fotográfica. E lá levei a minha Canon, para tirar uns retratos com mais qualidade que as fotos do telemóvel. 

Vi paisagens muito boas para as fotos. Na procura de chegar à água no polje, o entusiasmo era grande, quando dei por mim estava em terrenos alagados, calças e botas não impermeáveis todas molhadas. Acabou ali a minha veia fotográfica, voltei direita a casa, despir-me para não me constipar.

Depois pus-me a ver as fotos que tirei. Apaguei umas duas que tinham ficado tremidas e com escolha manual transferia-as para o ficheiro que previamente escolhi. Onde nunca chegaram...nem ficaram no cartão.

Tenho a certeza que não as cortei.

Fiquei "desesperada", pedi ajuda ao informático que me apoia, acabei por lhe ir entregar o cartão. Confirma-se, desapareceram, nem no cartão nem no computador.

As máquinas parece que têm sempre razão. Só sei funcionar com elas quando tudo corre bem. Não percebo de nenhuma como funcionam para além do básico. Admiro quem seja capaz de descobrir e arranjar coisas que nunca tinha visto...mas eu sou uma analfabeta. Mesmo no computador e no telemóvel, só o básico.

Hoje lá fui à Fnac comprar outro cartão de memória. Quem sabe se com esta chuva do fim de semana ainda volto a encontrar a dita água e os ramos cruzados a fazerem alamedas.

quarta-feira, 3 de março de 2021

O valor informativo dos sinos da igreja

347º dia do recomeço do blog  

Os sinos da igreja começaram a tocar "a defunto", um toque curto, repetido e mantido durante muito tempo. 

As vizinhas da frente vieram logo à rua falar, quem teria morrido?

Na cidade, em Lisboa onde vivo, pode morrer alguém do meu prédio, ser enterrado e nenhum vizinho saber. Aqui, terra pequena, e com a casa na parte antiga perto da igreja, não será só por haver pouco que fazer, há relações entre as pessoas.

Ao fim da tarde, já de telemóvel na mão com a foto do aviso da agência funerária, uma vizinha mostrou-me. Uma história triste, uma mulher de 40 anos que se tinha suicidado. Mãe de três filhos, a adolescente também já fez duas tentativas. 

Das mortes, o suicídio é das que mais marcam quem fica vivo. Que se poderia ter feito por esta família que parecia já dar sinais de grande sofrimento?

Esperemos que os técnicos de saúde mental, há pedopsiquiatras em dois dos hospitais na zona e psicólogos também, tomem a cargo esta família certamente disfuncional neste momento.

terça-feira, 2 de março de 2021

A "sala do meio"

347º dia do recomeço do blog 

O dia acordou bonito. Com as novas janelas luz e sol entravam na sala do meio, como lhe chamava a minha avó. A casa é antiga e as janelas aos quadradinhos, se bem que eram bonitas, deixavam entrar pouco luz.

Tirei uma fotografia ao chão, julgo que nunca tinha apanhado sol!


Esta sala era sobretudo usada no verão. As paredes largas e as janelas com vidros pequenos, tornava-a muito fresca.

Já pensei se alterei a qualidade desta sala, só no verão saberei.

Para já está-se muito bem!