quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Lisboa, que saudades de ser livre!

 316º dia do recomeço do blog

Esta situação em que nos encontramos deita abaixo as nossas defesas emocionais. Acreditem, quando neste programa sobre Lisboa vi darem uma dentada num pastel de Belém caíram-me as lágrimas!

Quando vi toda a gente na rua, a passear sem preocupações de distância, sem máscaras, pensei "tão felizes que nós éramos e não sabíamos"!

É tão bonita a nossa cidade, que bom foi revisitá-la.

https://www.rtp.pt/play/p8387/e520337/cidades-secretas


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

"Mulheres da minha Alma"

  315º dia do recomeço do blog

Iniciei hoje de manhã o 2º livro dos 4 que comprei para o confinamento. Este.



Em 2020 comprei mais livros do que noutros anos. E talvez não, comprei de forma diferente, vários de uma só vez. Alguns porque estavam na minha mira de leitura até de há anos e tive a oportunidade numa livraria solidária, como o Quarteto de Alexandria de Lawrence Durrell. Outros porque sim. Não li todos, nem pensar nisso, mas para este confinamento apeteceu-me comprar livros novos, numa livraria, e escolhendo-os por imaginar iria ter muito prazer na sua leitura. Estes tempos exigem que descubramos coisas destas.

Isabel Allende, agora quase a chegar aos 80 anos, foi uma escritora de quem devorei livros. Depois parei. Este agora que iniciei será um livro sobre algumas mulheres da sua vida, a sua relação com elas e o feminismo. Promete.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Voltaram os foguetes

 314º dia do recomeço do blog

Foguetes. Acabei agora de os ouvir, o que tem acontecido nos meses de confinamento.

Hoje tive de ir à farmácia. Aqui na minha "aldeia", a farmácia antiga tem ainda um atendimento pessoal. Não há senhas nem como é óbvio aquele som electrónico de quando muda o número, há um funcionário que conheço há dezenas de anos e uma farmacêutica jovem que veio substituir a proprietária. Hoje éramos quatro pessoas, fiquei na rua mais outro senhor, de idade como os dois que estavam lá dentro. E entrei quando me chamaram, sra. dra. faça favor, tal como tinham chamado pelo nome o que esperou como eu na rua. No meu caso despachei-me depressa, não sem que o sr. Duarte me tenho mostrado vários tipos do material que lhe pedi. O meu material foi de farmácia.

 E os foguetes são para avisar a chegada de quê?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Apanhar boleia

 313º dia do recomeço do blog

Para além da Covid-19 há todas as outras doenças que ficaram paradas na avaliação regular. Compreendo o medo das pessoas a ir aos hospitais e porque adiam a ida. Mas fazem mal, claro.

Ontem fui a uma consulta que tinha marcada há tempos. Aparentemente por uma coisa sem importância, um fungo nas unhas dos pés. À entrada mediram-me a temperatura, mandaram-me mudar a máscara, eu que tinha 2 acabadas de pôr em casa mas entendo.

Tive de esperar no corredor um bom bocado. Por mim passavam muitas pessoas, utentes, auxiliares e enfermeiras.

A consulta foi muito demorada, nunca me tinham visto a pele com tanto cuidado, lupa pequena, outra grande, dedos dos pés, plantas dos mesmos, mãos, corpo face anterior (como médica escrevo assim mas explico, barriga para cima) e todo o resto.

Nas costas, num sítio onde não me observo, tinha um sinal que foi considerado dever ser tirado e enviado para a análise. Eventualmente nada de grave mas prevenir é o melhor.

Para isso tive de ir para a sala de pequena cirurgia. Esperei à porta. E foi então que entendi que tive de esperar por uma enfermeira que tinha ido a outro andar, Covid.19. Entrei quando me mandaram e numa espaço ínfimo tirei a roupa e vesti uma bata. Foi então que me deram umas capas para vestir os meus sapatos.

Correu tudo bem. Mas toda a tarde, de humor triste, perguntava-me porque fui, porque só pus as capas dos sapatos depois de já ter atravessado a sala e outros pensamentos nada abonatórios para melhorar o meu humor.

O facto de ter várias situações preocupantes junto de mim e outras junto de todos nós, ajudou muito. Como diria uma amiga, apanhei boleia para a tristeza. 

domingo, 24 de janeiro de 2021

Hoje senti-me uma avestruz.

 312º dia do recomeço do blog

Sinto-me mais frágil do que era. Aguento pior as emoções e evito as que posso. De tarde dormi e vi mais um episódio do Comissário Montalban.

Foi dia de eleições. Às 10h da manhã já tinha votado. Ao fim da tarde resolvi não ver os canais que iam dando os resultados. Perto da meia noite fui ver. Marcelo Rebelo de Sousa ganhou como era esperado e no estado do país ainda bem. Tal como noutros países a extrema direita põe as unhas de fora. Isso é de assustar quem tem lembranças do passado. E eu tenho.

Não vi nada sobre a pandemia na televisão. Defesa minha, tal como a avestruz enterrei a cabeça na areia.

Mas tenho de acordar!

sábado, 23 de janeiro de 2021

Amigos com mais de 80 anos, a vida é para se viver!

 311º dia do recomeço do blog

Tenho bastantes amigos octogenários espectaculares. Com cerca de 20 anos a mais que eu, é com muito prazer que mantenho uma relação próxima mesmo que às vezes quase só pelo telefone, sobretudo desde o final de 2019.

Ontem recebi um telefonema de uma pessoa que tinha na sua mão uma carta a mim dirigida. Leu-me o remetente e pedi-lhe que abrisse. Era um cartão de Boas Festas que estaria há tempos na caixa do correio. Disse-me que era um cartão com um desenho, achava que não seria um original. E resolvemos o assunto deitando-o fora.

De seguida telefonei a esses meus amigos que o tinha enviado. Artistas ambos. Fiquei a saber que ela e o Pitum, o marido, continuam no Natal a fazer cartões, que desenham e imprimem para mandar aos amigos. Como há anos mudei de casa, nunca me tinham sido entregues. Curiosamente a tolerância deles é enorme e nunca falámos sobre o facto de eu nunca agradecer.

Uma graça a conversa com a Lira, de 83 anos e uma vitalidade enorme. Contou-me como há uns anos ia 2 ou 3 vezes por semana contar histórias ao lar de 3ª idade lá da terra onde mora. O estado de letargia e velhice dos utentes era enorme. Ela via-os a dormir enquanto animadamente, eu sei que ela é assim, falava. Até pensava se estariam com medicação para sedar. Alguns batiam palmas porque lhes era dada a indicação. Ao fim de 2 anos desistiu. 

E dizia-me, isto dos mortos dos lares é a selecção natural, sabe Magda, uma coisa é estarmos vivos, animados, vivermos mesmo, outra coisa é aquilo que lá via. Bom, até parece que nós aqui não somos velhos, concluiu, somos mas ainda a aproveitar a vida!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Isto está mau !!!

 310º dia do recomeço do blog