sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Conheci-te só uns dias depois.

 

263º dia do recomeço do blog


Faz hoje 11 anos que estávamos com um surto gripal, causada pelo vírus Influenza. Nada de espantar nos meses de inverno. Havia e há vacina que imuniza por um ano. 

Eu dei pelo surto, não por ter ficado doente mas porque o hospital onde o meu neto mais novo nasceu não permitia visitas na maternidade. Só o vimos no dia da alta, ansiosamente esperando-te no hall a caminho do carro e da tua casa. Eras lindo!

Parabéns meu neto, adorei estar hoje contigo, almoçámos juntos, o hamburger que escolhemos a teu pedido estava óptimo. E tu és um querido!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Reentrar na vida

 

262º dia do recomeço do blog

Sou a favor da vacinação. Fiz todas o que havia nos anos 50, tendo vindo algumas do estrangeiro. Dei todas aos meus filhos, excepto a 2a dose da vacina contra a hepatite quando foi provado não ser necessária e até com contra indicações.

Levo todos os anos a vacina da gripe. Trabalhava num hospital com crianças e era conveniente. Aposentada continuo a levar. 

As vacinas levam anos a ser fabricadas e estudadas. Estudar os efeitos positivos e negativos, estes a longo prazo. As vacinas contra a covid-19 foram feitas em menos de um ano e esse é o prazo máximo em que podem ter sido experimentadas. E os efeitos a longo prazo? Esses não sabemos.

Pela 1ª vez tenho uma enorme dúvida quanto a levar. Serei da 2ª leva, se percebi bem, mais de 65 anos e sem doenças conhecidas. 

Não podemos continuar com esta vida semi parada. Precisamos de a retomar. A vacinação é um passo importante para isso. 

“Hoje podemos estar uma vida inteira a ver cinema, televisão ou um ecrã e morrer sem ter entrado na vida.” Eduardo Lourenço.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Crónicas de Vence ...

 

261º dia do recomeço do blog

Morreu Eduardo Lourenço, um dos pensadores portugueses contemporâneo mais importantes. Tinha 97 anos. Embora tenha ouvido muita coisa que ele escreveu, nunca li nada dele, embora o Labirinto da Saudade existisse lá em casa.

Da sua vida sei que nasceu numa aldeia do concelho da Guarda. Ontem um dos jornalistas que escreveu sobre a sua morte situou a aldeia e concelho na Beira Baixa, quando é na Beira Alta. A geografia anda por baixo. Depois foi emendado.

Mas para ir à televisão foi convidado alguém para falar dele e da sua obra. O jornalista Reinaldo Serrano desconhece que ele viveu muitos anos na cidade de Vence, perto de Nice. E julgou que Vence, cidade era uma forma do verbo vencer, terminar na data tal. E comentou que era uma forma pouco usada hoje em dia mas da literatura, que no fim da crónica escrevia Vence 2020 por exemplo, ou seja, seria a data de validade dela. Esta situação como foi em directo não pôde ser emendado.

Eu bem digo que há cada jornalista que mais é um jornaleiro!

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

 

260º dia do recomeço do blog


1º de Dezembro 2020.

Acabei de ouvir agora num programa da tarde da RTP1 que "1 de Dezembro é um mês muito importante porque é o mês de Natal".

Foi mesmo no fim do programa e não sei se foi falado o 1º de Dezembro de 1640, dia da Restauração da Independência de Portugal, depois de ter estado sob o jugo da Espanha durante 60 anos.


Voltando ao Natal e lembrando Ary dos Santos

(...) Natal é em Dezembro

mas em Maio pode ser

Natal é em Setembro

é quando um homem quiser

Natal é quando nasce

uma vida a amanhecer

Natal é sempre o fruto

que há no ventre da mulher. (...)

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Galeto e coisas de adolescentes

 

259º dia do recomeço do blog

Interessante a Visita Guiada ao Snack Bar Galeto, em Lisboa. Não se pôr aqui mas pode-se ver no RTP Play episódio 20.


Lembrei-me de uma ida lá, estava na moda e eu teria uns 15 ou 16 anos. Fui com a Ana P que era minha colega de liceu. Muito feiosa, magra e pequena, descuidada no seu arranjo, forma de andar e de falar, era um autêntico rapazito.

Chegadas lá, escolhemos um banco frente a um dos balcões em contínuo mas com mudança de direcção, e lá pedimos já não sei o quê. A Ana ía a mastigar pastilha elástica, retirou-a da boca e colou-a na parte de baixo do balcão. Quando acabámos a nossa estadia ela quis recolher a sua pastilha. Procurou no sítio onde a tinha posto e encontrou...várias. Mexeu e remexeu e retirou uma que pôs na boca. Exclamou sem recato "Esta é a minha, porque é a que está mais mole". E saímos a rir como é próprio daquela idade.

Nunca mais a vi.

Quanto ao Galeto, não sendo um sítio que frequento, já lá fui em ocasiões em que era o único aberto nas redondezas.

domingo, 29 de novembro de 2020

Com 1 ano de diferença

 

258º dia do recomeço do blog

Escrevi isto noutro local há exactamente um ano. Claro, isto mudou muito, mas aquele dia também foi excepcional!

29-11-2019

- " Casa, metro Colégio Militar, saída S. Sebastião, Corte Inglês.

- Almoço piso 7.

- Filme "Um Dia De Chuva Em Nova York". Gosto sempre dos filmes do Woody Hallen!

- 45 minutos de passeata pelo CI.

- Filme "Passámos Por Cá". Um filme de Ken Loach a não perder. (Para mim e por razões profissionais, assunto mais que conhecido mas muito bem feito!)

- Presunto, pão e vinho no CI.

- Metro até Colégio Militar.

- Casa

Dia de chuva? Parece que houve mas não a senti. "

29-11-2020 

Não saí de casa. Houve chuva que vi pela janela e tempestade com raios e trovões que ouvi. O livro que estou a ler prendeu-me tanto que são quase 19h e continuo agarrada. Uma história de aventuras com piratas, inspirada na vida de Henry Morgan, muito bem escrito por John Steinbeck.

Coitados de quem precisava de trabalhar para ganhar, este dia de confinamento e recolher obrigatório às 13h. Isto está mau! 

sábado, 28 de novembro de 2020

O que não vale uma boa ideia!

 

257º dia do recomeço do blog

Terá sido na Índia a primeira vez que vi  a artífices a trabalhar na rua. Associamos à pobreza ver uma máquina de costura no passeio com um homem a costurar, um sapateiro com os utensílios no passeio, sentado no chão. E outras profissões.

Em Marrocos, na praça Jemaa el-Fna de Marraquexe, vi de tudo, eventualmente menos organizado que na Índia. "Dentistas", barbeiros, intervenção não médica a doentes, nomeadamente mentais.

Hoje, caí num anúncio português do sapateiro expresso móvel, que tem o seu atelier não num vão esconso de um prédio como era habitual mas numa carrinha apetrechada e que pára em certas ruas conforme as marcações. Para além de arranjar sapatos e malas, faz chaves, matrículas de carros e outras coisas. Tem uma oficina como há nos centros comerciais mas móvel. Achei o máximo, uma evolução do trabalhador de rua e também a facilitar ao cliente uma vez que vai ao seu encontro. Pode ser contactado por telemóvel, redes sociais, e-mails. Já foi finalista de  vários prémios pela ideia que desenvolveu e pôs em marcha. 

Li também que tem contratos com hotéis e empresas.

Dei comigo a pensar que em 2020 só comprei ténis, sapatos que não precisam de sapateiro. Com o teletrabalho em que tanta gente está, o uso do sapato deve ter diminuído.

No Brasil este sistema já existe. Mas lá, a classe média vive em condomínio e acredito que tenham mais trabalho por aí. Os anúncios nas carrinhas são variados, seja sapateiro, hospital dos sapatos e outros

Por cá será mais um a sofrer com a crise?