terça-feira, 3 de novembro de 2020

A falência das grandes empresas do espectáculo

 

234º dia do recomeço do blog


(...)"A lendária Metropolitan Opera de Nova York acaba de anunciar o seu encerramento até setembro de 2021. Os seus músicos, coros, técnicos de cena etc... estão sem salário desde Abril passado!"(...)

(...) "O Circo du Soleil está falido e corta mais de 3500 postos de trabalho." (...)

Retirei estes dois parágrafos de um texto que fala da destruição dos postos de trabalho resultantes do covid-19. A arte do espectáculo na qual trabalham milhões de pessoas está parada.

Esta situação pandémica é terrível para milhões de pessoas que perdem o trabalho.

Curiosamente tem havido novos milionários, ricos muito ricos com esta situação.

Recentemente na RTP2 passou um documentário sobre "As Vinhas da Ira" de John Steinbeck publicado em 1939. Tristemente actual.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Capuchinho vermelho em tempo de covid-19

 

233º dia do recomeço do blog


Desde que esta pandemia apareceu são muitas as avós e avôs abandonados, fechados em lares e que acabam por morrer por covid-19. Tem sido uma razia da 3a idade!

Hoje encontrei este cartoon. 


Não resisti!

domingo, 1 de novembro de 2020

Cinza e Poeira , policial islandês

 

232º dia do recomeço do blog


Acabei hoje o livro "Cinza e Poeira" da Islandesa Yrsa Sigurdartótti. Um pouco grande, mais de 500 páginas, que até mal jeitosos são para se segurarem. Mas este li-o muito bem.

Policial passado num ilha islandesa onde umas décadas antes uma erupção de um vulcão tinha soterrado todas as casas. Num trabalho de arqueologia encontram-se escondidos uns corpos. Uma enfermeira é assassinada com botox. O livro versa sobre o trabalho de uma advogada que tenta ilibar um acusado.

As várias linhas, corpos escondidos e o assassínio cruzam-se, passado e presente.

Nas últimas páginas, já o acusado ia ser ilibado, quando o próprio se acusa para livrar o filho. É um final inesperado mas um pouco aos trambolhões. Foi pena.

sábado, 31 de outubro de 2020

E viva o velho!

 

231º dia do recomeço do blog


Hoje em conversa com uma amiga apareceu esta expressão "E viva o velho!"

Expressão antiga, era a minha avó que a dizia. Nunca ouvi a minha Mãe dizer e eu também não a uso.

Aconteceu porque fui almoçar fora com uma amiga. A ideia era ir a um restaurante que abriu em Lisboa  mas enganei-me na morada e acabámos noutro. Comemos um prego no prato muito saboroso e a bom preço. 

Chegada a casa fui ver na internet a morada certa e tinha lá o menu que encaminhei para a minha amiga. Era caríssimo! O "viva o velho" que foi dito nesta sequência foi uma expressão de satisfação mas também de possibilidade. Nada mau termos ido ao prego. O outro só se for num dia de festa. 

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

As crianças criativas

 

230º dia do recomeço do blog


Ouvida num supermercado:

Criança de uns 4 anos pega num brócolo e diz:

"Olha, olha Pai, uma árvore pequenina!"

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Abriu a caça aos dióspiros vermelhos

 

229º dia do recomeço do blog


Será uma fruta da maturidade? 

As natas do leite, aquela ranhosa mais espessa, a maioria das crianças não gostam dela. A parte interior e  gelatinosa dos dióspiros vermelhos também.  

Aspecto de tomate coração, deve comprar-se quase a desfazer e transportar numa caixinha dura para não ficarem em papa.

E desde há uns anos, deixou de me incomodar o seu interior e mais, passei a adorar.

Agora pra mim é uma delícia.



Apareceram entretanto uns cor de laranja, espessos e de comer à fatia mas esses não lhe acho graça nenhuma. Chamam-lhe dióspiros maçã.

As folhas dos diospireiros caem das árvores e os frutos mantém-se. É espectacular. Vi vários, enormes, altos e esguios lá para o Minho.

Porque duram uns dois meses há que aproveitar! Já comi um ao pequeno almoço. Tão bom!

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

A propósito de burros

 

228º dia do recomeço do blog


Fiz equitação em pequena, mas isso é história com cavalos. A que vou contar tem a ver com burros. 

Não é do meu tempo mas da juventude da minha Mãe e do meu Tio. Os meus avós tinham um quintal separado da casa mas na mesma terra. Numa parte mais alta tinha uma casa velha, e o jardim ficava num nível mais baixo. 

Não sei que utilidade terá tido o Quintal de S. João, excepto das histórias que ouvi. Festas, Santos Populares e outras. Serviu também para guardar um burro, parece que mais do que um. Os burros há 80 anos seriam as máquinas de trabalho e também da mobilidade, as bicicletas de hoje. 

Nas férias grandes o meu avô queria organizar burricadas para os filhos e os amigos deles.

Terá sido ele a comprá-los mas de burros ele não percebia nada e foi facilmente enganado pelos ciganos que os vendiam.

Ouvi falar do burro selvagem que só não deu coices junto do antigo dono. Na mão dos novos donos era um perigo. Outro que devia ter uma deficiência grave da visão, pelo que era quase cego. Tinha de ser puxado à mão para não bater nas paredes, coitado. E outros. Estes duraram pouco tempo na mão dos meus avós, que até viviam em Lisboa e isso era passatempo de verão.

Eu tenho uma enorme ternura pelos burros. Associo à leitura do Cadichon, Memórias De Um Burro escrito pela Condessa de Ségur. Um livro de capa dura azul clara que ainda deve existir na arrecadação. Cadichon, um burro muito humanizado que um dia se revolta contra os maus tratos dos donos. No entanto é bom e tem atitudes de gente responsável em certas situações. E, com uma certa moral de um livro escrito no século XIX 1860, acaba por dar lições aos humanos.

"Publicado pela primeira vez em 1860, este livro conta as aventuras de Cadichon, um burro sábio que escreve suas memórias. Por causa de sua esperteza e inteligência, ele acaba ensinando muito aos humanos e mostrando a importância de refletir sobre as próprias ações, de se arrepender e procurar corrigir os erros cometidos. E, sobretudo, de tratar bem os animais, de amá-los, respeitá-los, pois são grandes amigos nossos. Cadichon viveu num tempo em que a vida era completamente diferente da que levamos hoje e pertenceu a diversos donos. Com cada um, teve um tipo de vida: ora triste e sacrificada, ora feliz, tranquila, ora muito, muito engraçada e aventurosa... Uma vida cheia de movimento, de perigos e armadilhas, de dificuldades e também de alegrias e de aprendizados, que fez do simpático burrinho um herói – às vezes, desastrado, mas herói...".

E depois há tantos burros com que nos cruzamos na vida.