domingo, 26 de julho de 2020



135º dia de recomeço do blog

#pobreza de vocabulário na televisão#


Esta noite tenho estado a ver na RTP um espectáculo que também é concurso. Não sei se é habitual ou foi a 1ª vez.

Apresentação de várias artes, variadas, ballet, arte circense, música, actuações muito boas. 


Há uma apresentadora que trata os espectadores em casa por vocês, vocês votem. Esta forma de tratar as pessoas, é quanto a mim de pouco nível. 

Os jurados fazem apreciações. Uma delas tem um vocabulário de uma enorme pobreza. Os seus comentários resumem-se a pequenas frases com palavras repetidas, todos são incríveis, inacreditáveis, artistas de qualidade mundial, chegando a dizer  a dois adolescentes da mesma arte e que não actuaram em simultâneo - vais ser o melhor do mundo.

Os artistas mereciam melhor português. 

sábado, 25 de julho de 2020



134º dia de recomeço do blog


#Casamento e a moda em tempo de pandemia#

A caminho do jardim para beber café no quiosque, passei pelo largo da igreja.
No átrio bastantes pessoas para um casamento, mais de 20, upa, upa, como mandam as regras.

Há quanto tempo estariam os noivos à espera de poder fazer esta festa religiosa? Acredito ou desejo  que com casamento pelo civil ou sem, já vivam juntos há tempos. Sim, que quer espera desespera.

O curioso foi ver as vestes dos convidados.

As raparigas, estavam todas de fatos compridos e algumas de máscara feitas do mesmo tecido do fato. A pandemia também alterou a moda.
Há algumas décadas o que se fazia igual ao tecido do fato eram os sapatos. 

Os homens estavam vestidos de forma diversa, e para mim algo insólito.
Desde smoking, a fato mais clássico, havia quem estivesse de calções como se fosse passear num dia de calor, camisas e gravatas, também havia quem estivesse de t-shirts.



Assim como estes não estava ninguém. Devo dizer ainda?














133º dia de recomeço do blog

Desde há meses que não ía passear para um centro comercial. De facto não era essa a minha ideia, entrei no Colombo para marcar a revisão do carro para a semana que vem, mudar óleo e filtro.


Não sabia que a garagem tinha estado aberta durante o confinamento. mas certamente tem muito menos trabalho que antes disto tudo. Vários mecânicos e dois carros nos elevadores. 

Propuseram-me então que deixasse ficar o carro logo naquela hora e que hora e meia depois visse buscar.

E foi por isso que me passeei pelo Colombo.
Pouca gente, todos de máscara mas duas lojas tinham fila comprida para entrar. Lojas de 1ª necessidade? Não, nada disso. Lojas de roupa!

Passei o confinamento sem sair. Depois passei a saír mas não gastei roupa nem nada que se visse. Porque há quem precise tanto de ir às compras?
Talvez deva ver por outro lado, comigo muitas empresas iam à falência, ainda bem que há quem faça mexer a pequena economia.

quinta-feira, 23 de julho de 2020



132º dia de recomeço do blog

#Incêndios. E a prevenção?#

Tenho andado bastante pelas autoestradas e estradas interiores nestes últimos meses de desconfinamento.  Tem-me chamado a atenção para os imensos terrenos sem limpeza.

Um destes dias fiz a estrada Minde-Fátima e impressionaram-me os terrenos sem limpeza, onde que pinheiros e eucaliptos, fetos enormes e outros vegetais secos cobriam todo o espaço! 

Eu que tive de gastar uma pipa de massa para limpar um terreno, que ninguém quer comprar e só dá despesa!
E quem são os donos daqueles?

Hoje ao vir na A2, autoestrada do norte, comecei a ver uma coluna enorme de fumo ao longe, ali por altura de Ourém. pouco depois labaredas que chegavam ao asfalto. A polícia obrigava os carros a saírem da autoestrada e virarem para Torres Novas, impedindo assim a passagem na A2 entre Torres Novas e Fátima. Tive sorte, eu vinha no sentido norte sul e passei embora saiba que pouco depois foi fechado também.

Estariam os terrenos de Ourém, confirmei depois ter acertado na localização, também ao abandono e sem limpeza? Como resolver este problema dos fogos que nos assola todos os anos se a prevenção não é feita?

quarta-feira, 22 de julho de 2020



131º dia de recomeço do blog

#o trabalho e o afecto#

Há 20 anos a trabalhar como empregada doméstica na mesma casa, pouco fala da sua vida. Das 9h às 17h, todos os dias. Os problemas, percebi agora, ficam lá fora.

Embora a mãe de 88 anos estivesse adoentada, maleitas da idade, não contou que há 3 dias tinha sido internada num hospital central.

Como de costume às 9h de hoje chegou. Foi pois com admiração que soube que a mãe tinha morrido esta noite. Chorosa mas rapidamente compôs-se.
Ofereci-me para ficar por cá mais um dia e uma noite, e ela disse que amanhã de tarde cá viria para cumprir o que tinha acordado, fazer até ao fim de semana dia e noite, uma vez que o patrão, da idade da mãe dela, está a recuperar de uma operação.

Mas e os 5 dias a que tem direito? ainda se perguntou. Não vou usar, afirmou.

Fiquei a pensar, esta aqui como empregada doméstica ganha como um médico recém especialista. É um ordenado que não é frequente para este trabalho. Será o dinheiro? O dever do cumprimento? Ou tem a ver com o tipo de afecto com a mãe que não é tão forte como se supõe?

Amanhã vou embora, ficarei sem compreender.  



terça-feira, 21 de julho de 2020



130º dia de recomeço do blog

#Bangladesh#Índia#Vietname#

Na RTP 1 está a passar um programa da Catarina Furtado fez no Bangladesh. Miséria, um país de 20 milhões de pessoas em que a grande maioria vive abaixo do limiar de pobreza.

Nunca estive no Bangladesh, mas estive na Índia e no Vietname. 

Talvez na Índia tenha sido mais visível aos meus olhos a fome, a miséria, as famílias que vivem na rua permanentemente. Chamou-me a atenção a diferença dos sem abrigos de Lisboa. Os pertences ficam todos arrumados quando partem para o trabalho e à noite cozinham nos passeios.
Mas também vi outros ainda mais pobres. 

Não me posso esquecer de uma miúda pequena, de uns 7 anos com uma irmã bebé ao colo e outro irmão pequeno a seu lado. Uma pessoa que ia comigo tinha no bolso um Sugus, um repito e deu-lhe. A mais velha partiu-o com os dentes aos bocadinhos e distribuiu. Foi talvez a cena que mais me emocionou.

Senti que em certos momentos devo ter construído uma certa carapaça para diminuir a emoção provocada por certas situações.
Um amigo meu depois de viajar pela Índia, impressionado deixou de comer e chegou ao aeroporto bastante mais magro e frágil.

segunda-feira, 20 de julho de 2020



129º dia de recomeço do blog


Escrevo pouco depois da hora do almoço o que não é meu hábito.

De televisão ligada tento ouvir a conferência de imprensa da Direcção Geral de Saúde.

Caramba, quanto tempo ainda será necessário passar para perceberem que este modo de comunicação é completamente errado!

Muito demorado, sem suporte visual dos vários assuntos que têm respostas longas...e ocas. Quem consegue acompanhar? Como médica as palavras, os assuntos não me são estranhos. Mas fico esvaída, o débito verbal da ministra é insuportável, verdadeira picareta falante.

E porque continuo a ver?