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O QUE DIZ O RATO
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Tenho um destino. Nasci
para ver o silêncio - e vou roê-lo
metodicamente.
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até que um dia se invertam os papéis
e seja o silêncio a roer-me a mim.
sábado, 28 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Aconteceu...há quem goste de surpresas
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Que esquisito! Abrir o espaço deste blog para começar a escrever o texto de hoje e tudo estar diferente. Sem aviso, sem nada, uma mudança de forma do espaço para a escrita, mais largo e mais curto, numa pagina quase branca e vazia, sem os limites carregados como antes, de tal forma diferente que quase pensei ter-me enganado.
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O impacto perante o inesperado varia muito de pessoa para pessoa. De um extremo poderemos ter os autistas, que necessitam da manutenção do exterior e das rotinas para se manterem calmos, até aqueles que nada os surpreende, fazendo do inesperado conhecido e banal.
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Já me adaptei ao novo formato, já vi o espaço da escrita crescer quando as linhas escritas se aproximam do limite inferior da caixa e já só falta ver como o texto se encaixa no espaço da publicação. Ora vamos a isso.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Poema - Ruy Belo
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DAS COISAS QUE COMPETEM AOS POETAS
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Nas terras onde os sinos andam pelas ruas
há horas surdas sós e sem cuidados
há mar condicionado ao possível verão
e vendem-se manhãs e mães por três ideias
Nas terras onde a música é o fogo de artifício
a camioneta curva a carga sob os plátanos
e à sombra dos lacrimejantes carros
o gato dorme a trepadeira sobe
o soba grita nunca ninguém sabe
a erva cresce e as crianças morrem
O mar aceita chão a mão do sol
Que plural deplorável o da magna agência mogno
E nas tílias há riscos dos vestidos de retintas raparigas
e o dente resistente número quarenta cheira a pepsodent.
DAS COISAS QUE COMPETEM AOS POETAS
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Nas terras onde os sinos andam pelas ruas
há horas surdas sós e sem cuidados
há mar condicionado ao possível verão
e vendem-se manhãs e mães por três ideias
Nas terras onde a música é o fogo de artifício
a camioneta curva a carga sob os plátanos
e à sombra dos lacrimejantes carros
o gato dorme a trepadeira sobe
o soba grita nunca ninguém sabe
a erva cresce e as crianças morrem
O mar aceita chão a mão do sol
Que plural deplorável o da magna agência mogno
E nas tílias há riscos dos vestidos de retintas raparigas
e o dente resistente número quarenta cheira a pepsodent.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
Aconteceu...no posto de vígia
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"A Horta é um camarote de frente para o Pico, palco de todo o ano" - Vitorino Nemésio
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A varandinha, é pequena, mas tem uma mesa e duas cadeiras. É para lá que vou logo que acordo. É lá que me sento ao fim da tarde quando acabo o trabalho.
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É que ali, de minuto a minuto, a paisagem muda. E sempre bonita! O Pico, sempre o Pico, ora tapado ora com as núvens a lamberam-no doce ou rapidamente, vai-se vestindo ou desnudando.
Estes dias, marotas, as núvens tapavam-no. Só ao 3º dia, logo que olhei ele se mostrava. Para alguns minutos mais tarde já estar mais tapado, e mais tarde já só ser visto lá de cima do avião.
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Mas o movimento do porto também é foco de atenção e de grande distração. São barcos a entrarem e a saírem, às vezes quase só os que regularmente fazem a carreira para o Pico e para S. Jorge. Mas estes dias...O próprio porto, tal como o Pico variava, transformando a sua paisagem. Veleiros enormes, caravela de 3 mastros, iates de luxo a fazer pensar nuns Onassis qualquer, fragata da Armada, um enorme movimento permanente. E claro, os barquinhos pequenas das escolas de vela e remo lá da terra.
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Presa no movimento e na paisagem, o tempo perde o sentido, as horas passam e eu, ali fico, como que hipnotizada mas vigil, de máquina sempre à mão, pronta a disparar.
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Ilha do Pico
quarta-feira, 11 de abril de 2012
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