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MULHER
Metade mulher metade pássaro
Metade anémona metade névoa
Metade água metade mágoa
Metade silêncio metade búzio
Metade manhã metade fogo
Metade jade metade tarde
Metade mulher metade sonho
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
Aconteceu...o poder da avó aos olhos do neto ou é preciso arranjar um culpado
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Hoje foi tudo diferente. Acordar cedo, tomar flocos ao pequeno almoço para ser rápido e ir cedinho para a praia cobertos de creme protector factor 50, como mandam as regras.
Correr, mergulhar, partilhar as construções na areia com outros meninos, eis que chegou o meio dia. Era preciso fugir do sol, e vir para casa almoçar e proteger-se.
O miúdo de 6 anos, já mais sabido, tudo fez para atrasar esse momento. Encheu-se de areia, pretexto para "só" mais um mergulho, mas acabou vencido, aquele programa, por hoje, tinha mesmo acabado.
A caminho do carro, com um ar sério, discretamente aborrecido, comentou "Ó avó, tu hoje fizeste o tempo passar muito depressa!"
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sexta-feira, 29 de julho de 2011
Aconteceu...que não há crise em tudo.
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..................Foto - Magda
Não há crise em tudo, dois dias de calor e os incendios apareceram logo, cobrindo o céu de escuro.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Aconteceu..talvez à beira mar as terras estejam mais animadas
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Faça férias cá dentro, diz o slogan. Em tempo de crise ou fica em casa ou vá para a terrinha, e se não tiver uma, escolha uma qualquer. E descanse.
Mas preparem-se, se escolher o interior centro-norte, arriscamo-nos a encontrar muitas casas com letreiros de vende-se, ruas vazias, praças e esplanadas vazias grande parte do dia, restaurantes fechados.
Há crise? Pois há, ninguém duvida. Os da terra dizem que nunca viram nada ssim, nem os imigrantes aos montes como é costume.
Mas quem tem negócio de comes e bebes pode dar-se ao luxo de folgar nos meses de verão, um ou mais dias? Ainda por cima em simultâneo com os outros restaurantes da terra? E será natural, tal qual refeitório de fábrica ou hospital, o horário ser rígido e estrito? Desculpe, já fechamos a cozinha...
Mas quem tem negócio de comes e bebes pode dar-se ao luxo de folgar nos meses de verão, um ou mais dias? Ainda por cima em simultâneo com os outros restaurantes da terra? E será natural, tal qual refeitório de fábrica ou hospital, o horário ser rígido e estrito? Desculpe, já fechamos a cozinha...
Quanto a petiscos, ai Espanha, Espanha, porque não te copiamos, nós por cá as mais das vezes só nos servem uma sandocha.
Ou porque não imitar o Brasil, onde a qualquer hora se comem pasteis variados quentinhos, fritos à hora. Aqui, quando os há, são todos fritos de manhã (com raras excepções).
Petinga, jaquinzinhos, peixes do rio, todos em escabeche, quanto mais dias estivem de poisio mais saborosos ficam. E há muitos outros petiscos que duram dias e dias sem se estragar e poderiam esperar por ser servidos!
Para quando se criam condições para fazer férias cá dentro? A crise existe, todos sabemos, mas para chamar gente é preciso criar situações alternativas, ser criativo e servir bem.
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terça-feira, 26 de julho de 2011
Aconteceu...chegar à idade da sabedoria sem envelhecer, quem não quer?
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(...) «Já sinto passar o tempo, mas ainda não quero chegar à idade da sabedoria.»
Luís Miguel Cintra
Luís Miguel Cintra
segunda-feira, 25 de julho de 2011
sábado, 23 de julho de 2011
Poema - Fernando Pinto do Amaral
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MEMÓRIA
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Aprende o infinito, recupera
a distraída bússola da alma
pouco a pouco sonâmbula, o exausto
sabor da tua vida enquanto é mais
que um recado de lume no teu corpo,
que a promessa da febre no teu sangue,
e aprende sobretudo a suspender
o tempo quando abraça quem morreu
só para ressuscitar dentro de ti
ao cumprir a memória incandescente
dos dias que o amor transforma em meses,
dos meses que o amor transforma em anos,
dos anos que o amor rasga e entrega
ao rosto azul do céu e destes versos.
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