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......................Foto - Magda
sábado, 2 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Aconteceu... pensamento de Bernardo Soares
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Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo.
Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Aconteceu...que ela precisava de falar para alguém
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Acontece-me frequentemente receber fora do contexto profissional as mágoas dos outros, mesmo sem eles saberem que isso é uma parte do meu trabalho.
Olhou para mim, com um ar desolado. Os olhos húmidos, à beira das lágrimas. Ela atrás do balcão, eu sentada num maple de uma sala de espera reservada de um aeroporto. Em frente, a televisão falava da morte do Angélico. O olhar dela saltava do écran para mim, e bastou um minuto de cruzamento dos nossos olhares para ela para ela começar a falar do que lhe ia. Emocionadíssima, falava dele, da vida dele, do destino. Não, não o conhecia pessoalmente, nem revivia drama pessoal. Era mesmo por ele. E assim foi até à chamada do meu avião, que se atrasou imenso.
A televisão torna conhecido quem não nos conhece. Fala-se de locutores, actores, como se de familiares fossem. Vivem as alegrias e os dramas deles como se fossem os seus. As alegrias por vezes partilham-nas no próprio écran, como a quantidade de mães e avós que gostam do Malato.
As tristes não suportam vivê-los sozinhas, precisam de despejar ou partilhar, arranjar quem seja receptor, contentor para si.
E era eu quem lá estava.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Poema - Ana Hatherly
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AS LÁGRIMAS DO POETA
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Um poeta barroco disse:
as palavras são
as línguas dos olhos
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Mas o que é um poema
senão
um telescópio do desejo
fixado pela língua?
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O voo sinuoso das aves
as altas ondas do mar
a calmaria do vento:
Tudo cabe dentro das palavras
e o poeta que vê
chora lágrimas de tinta
AS LÁGRIMAS DO POETA
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Um poeta barroco disse:
as palavras são
as línguas dos olhos
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Mas o que é um poema
senão
um telescópio do desejo
fixado pela língua?
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O voo sinuoso das aves
as altas ondas do mar
a calmaria do vento:
Tudo cabe dentro das palavras
e o poeta que vê
chora lágrimas de tinta
domingo, 26 de junho de 2011
sábado, 25 de junho de 2011
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