quarta-feira, 4 de maio de 2011

Aconteceu...e peço emprestado

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"A mãe de Ossama está ainda viva. Até os assassinos mais condenáveis, aqueles cuja mente não entendemos, aqueles cuja morte chega a ser comemorada, nasceram de um ventre humano. Este é um pensamento óbvio, mas não fútil" . Rui Tavares, no jornal Público de hoje


terça-feira, 3 de maio de 2011

Aconteceu...que me incomoda o despudor

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Estava no intervalo de uma consulta quando, espavorida, uma colega vinda da rua quer-me contar... só ouvi mesmo alguma coisa. Disse-lhe com um ar frio e distante que falaríamos mais logo. Estávamos  a 11 de Setembro de 2001, pouco depois da hora do almoço e ela tinha acabado de ver televisão.
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Nem sempre estamos capazes de tomar consciência, viver certas emoções. Com o que ouvi fiz um movimento de defesa dentro de mim, evitei sentir e pensar. Só mais tarde, fazendo a digestão lenta do assunto, o pude fazer.
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Ontem Bin Laden, considerado o responsável pelo 11 de Setembro foi morto.
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Foi violento ver Barack Obama satisfeito com o feito,   as milhares de pessoas nas ruas Nova Iorque  festejarem a  morte; ler os jornais noticiando-a com o mesmo despudor; ouvir/ver uma apresentadora   excitada que queria ver umas imagens da morte, etc.
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Sempre houve guerras, vencidos e vencedores. O que não havia era o espectáculo mediático, a morte em cima da hora. 
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Cada qual com o seu interesse, poder, dinheiro, seja ele qual for e que motiva o seu rumo. 
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"Todos tiveram pai, todos tiveram mãe (...)" disse José Régio. Isto é frequentemente esquecido.
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À vida humana cada vez se dá menos valor.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Aconteceu...À espera de D. Sebastião?

................................Foto - Magda

domingo, 1 de maio de 2011

Poema - Eugénio de Andrade

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CANÇÃO
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Tinha um cravo no meu balcão;
........veio um rapaz e pediu-mo:
........- mãe, dou-lho ou não?

Sentada, bordava um lenço de mão;
........veio um rapaz e pediu-mo:
........- mãe, dou-lho ou não?

Dei um cravo e dei um lenço,
.......só não dei o coração;
.......mas se o rapaz mo pedir:
.......- mãe, dou-lho ou não?

sábado, 30 de abril de 2011

Aconteceu...para não falar de coisas sérias


Ontem no Algarve, entrei num restaurante daqueles que têm a televisão aberta sem som quando passavam no telejornal imagens incríveis da minha cidade, ruas cobertas de manto branco gelado com meio metro de altura, carros afogados em rios gelados, pessoas a serem socorridas ao colo, imagens dantescas resultantes de "fenómenos naturais", como uma tempestade que se abate sobre a cidade e uma granizada monumental, que deixa Lisboa, na Primavera, irreconhecível.

Um acontecimento único, raro, que faz sair a minha cidade em todos os telejornais e eu, logo hoje, não estava lá.
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Havia uma gelataria em Sesimbra, que tinha na parede uma fotografia da vila coberta pela neve. Por baixo a data. Naquela altura também nevou em Lisboa, mas eu era tão pequena que não me lembro.

Há poucos anos, estava eu na Costa da Caparica, e caíram uns flocos de neve que formaram um discreto manto branco nas ruas e jardins. Do outro lado do rio Tejo não caiu nenhum.
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Vivi um ano na Beira Alta, onde neva quase todos os anos. Pois durante aquele tempo nunca nevou! Gelo, muito, não como ontem em Lisboa mas diariamente uma camada leve cobria tudo, tornando as estradas escorregadias e perigosas.

Aqui no Sul esteve muito agradável, com grandes abertas de sol e temperatura amena!

Isto hoje parece que estamos no elevador com um vizinho, como está, isto hoje está mais frio, palavras  para não se ficar calado.