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Juntos
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O país que inventámos
Sem querer
segunda-feira, 25 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Aconteceu...O Compasso e a proximidade social
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Pois lá na vila nortenha onde estávamos colocadas, a Lecas e eu, alguém nos avisou desse evento, como agora se diz, sem nos explicar grande coisa.
Hoje é domingo de Páscoa, e isso fez-me lembrar mais uma história passada no Serviço Médico à Periferia (SMP), quando, logo no início da vida profissional, fui colocada numa vila do Norte de Portugal.
Toda a gente sabe o que é o Compasso, também conhecido pela visita Pascal? Talvez, quem tem educação religiosa ou mora em terras pequenas. Não é o meu caso e aqui em Lisboa não sei se ainda existe. Resistem, isso sei, tenho uma mesmo à porta, algumas procissões de tradição muito antiga, em alguns bairros populares.
Nos anos 80 não havia o Google, esta ferramenta que nos permite quase sem esforço saber um pouco de quase tudo.
Pois o Compasso, é a visita que um grupo de pessoas lideradas pelo padre faz às casas/ famílias da sua paróquia, neste dia. Com ele vai a cruz de Cristo e vão informar da Ressurreição de Cristo e abençoar as casas. É suposto haver alguma comida e bebida e ofertas para o padre...que acrescento eu, deve chegar ao fim do dia enfartado e bem bebido.
Nos anos 80 não havia o Google, esta ferramenta que nos permite quase sem esforço saber um pouco de quase tudo.
Pois o Compasso, é a visita que um grupo de pessoas lideradas pelo padre faz às casas/ famílias da sua paróquia, neste dia. Com ele vai a cruz de Cristo e vão informar da Ressurreição de Cristo e abençoar as casas. É suposto haver alguma comida e bebida e ofertas para o padre...que acrescento eu, deve chegar ao fim do dia enfartado e bem bebido.
Pois lá na vila nortenha onde estávamos colocadas, a Lecas e eu, alguém nos avisou desse evento, como agora se diz, sem nos explicar grande coisa.
Ficamos bastante atrapalhadas. E agora, que se faz? O que se diz? Não conhecíamos ainda muita gente, nenhuma a quem perguntar.
E como jovens que éramos, resolvemos de uma maneira infantil de que hoje nos rimos.
Não é que fechámos as persianas simulando não haver ninguém e ficámos lá dentro muito quietinhas até a cerimónia passar para outra rua?!
Sei hoje que não teríamos sido visitadas quase de certeza. O Compasso não é uma invasão de uma casa, há um conhecimento prévio de quem deseja ser visitado.
Independentemente do acto enquanto religioso, este acontecimento é uma situação de proximidade, que contrasta com a indiferencia, o isolamento e o desconhecimento da vizinhança nas grandes cidades.
E como jovens que éramos, resolvemos de uma maneira infantil de que hoje nos rimos.
Não é que fechámos as persianas simulando não haver ninguém e ficámos lá dentro muito quietinhas até a cerimónia passar para outra rua?!
Sei hoje que não teríamos sido visitadas quase de certeza. O Compasso não é uma invasão de uma casa, há um conhecimento prévio de quem deseja ser visitado.
Independentemente do acto enquanto religioso, este acontecimento é uma situação de proximidade, que contrasta com a indiferencia, o isolamento e o desconhecimento da vizinhança nas grandes cidades.
sábado, 23 de abril de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Poema - Gastão Cruz
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NESSE NUNCA
Nunca se pensa que virá um dia
em que essa idade como bruma fria
será a que teremos; todavia
nesse nunca está ela já contida:
se o pensamento desconhece a vida,
dela recebe o sangue da ferida
NESSE NUNCA
Nunca se pensa que virá um dia
em que essa idade como bruma fria
será a que teremos; todavia
nesse nunca está ela já contida:
se o pensamento desconhece a vida,
dela recebe o sangue da ferida
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Aconteceu...Incontinência verbal!
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Há pessoas por quem temos estima e consideração. Não que as tenhamos conhecido pessoalmente, mas pelo que fizeram nalguma época e pelo que simbolizam.
Poderíamos dizer que se tornaram uns ídolos.
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Anos depois, começam a disparatar.
Não, não estamos a ouvir isto, pensamos. Não pode ser! Está totó! Xexé! Completamente xoné!
Não, não estamos a ouvir isto, pensamos. Não pode ser! Está totó! Xexé! Completamente xoné!
As pessoas envelhecem.
Pensar que é por doença que não sabem o que dizem, que estão a perder o juízo, ajuda a evitar a critica, embora se fique triste.
Tenta-se assim, dentro de nós, preservar a sua imagem.
Tenta-se assim, dentro de nós, preservar a sua imagem.
Tenho uma amiga que costuma pedir que se algum dia a virmos fazer certas figuras, que a protejamos. Que alguém faça o mesmo comigo, se for caso disso.
E todos devíamos ter um ou mais amigos para essas alturas. Evitar-se-ia muita coisa. Não pensem que estou a defender a interdição ou coisa parecida. É que a troca de ideias pode bastar para fazer a pessoa cair em si, depois de pensar...e antes de falar ou fazer.
E todos devíamos ter um ou mais amigos para essas alturas. Evitar-se-ia muita coisa. Não pensem que estou a defender a interdição ou coisa parecida. É que a troca de ideias pode bastar para fazer a pessoa cair em si, depois de pensar...e antes de falar ou fazer.
Etiquetas:
consideração,
descontentamento,
exposição pública,
ídolos
quarta-feira, 20 de abril de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Poema - Miguel-Manso
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estão a demolir pedra
a pedra o prédio do lado
quem passa agora na rua
parece lamber com o olhar
a falta de um dente
estão a demolir pedra
a pedra o prédio do lado
quem passa agora na rua
parece lamber com o olhar
a falta de um dente
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