sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Aconteceu...Quanto vale uma pessoa? E até quando?

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O avanço científico e tecnológico é uma coisa espantosa!
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Os avanços da medicina conseguiram que a mortalidade infantil seja cada vez menor e a esperança média de vida aumente em todos os países ditos desenvolvidos.
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E as relações humanas, como estarão a progredir?
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Impressionamo-nos todos muito com a senhora que esteve nove anos morta dentro de casa com o seu amigo cão, que morreu junto dela? Há razões para isso!
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E que pensarmos daquele homem que, num open space com outros 23 funcionários, morreu no posto de trabalho e esteve cinco (5!) dias ali parado...porque morto?
"...Ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana".
Veja-se o que a chefia disse: "O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho". (N.Y. - EUA)
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Será mesmo este o mundo que queremos?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Poema - Alberto de Lacerda

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REMEMBER TO REMEMBER
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Não te esqueças de recordar
Não te esqueças
......................de esquecer

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Aconteceu...para tudo há solução! Porque não ter filhos de plástico?

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Na sequência do minha publicação de 5 de Fevereiro, sobre a dificuldade dos pais em poderem trabalhar e deixar os filhos bebés em bom porto, talvez tenha sido inventada uma solução.
Vi uma reportagem sobre as bonecas "Reborn". Muito semelhantes no aspecto a bebés, cabeça pesada, por encomenda podem até ficarem parecidas com o comprador. Estará a aqui a solução para ter filhos sem chatices nem perigos? Não precisam de amas, infantários e outros equipamentos infantis.
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"Os filhos crescem e a gente tem uma vontade enorme de eternizá-los por algum momento, pra que eles fiquem sempre pequeninos, e protegidos por nós. Se o tempo não volta mais, então há uma única forma de relembrar todos os dias de como era seu filho(a) que não para de crescer, é eternizando-o(a) em boneco(a), pra que passe de geração a geração, o orgulho seu de viver." - retirado da net, do site de um anunciante.
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Maud Mannoni, psicanalista, teve uma filha com uma deficiência mental grave. Escreveu sobre a criança que não deveria crescer, uma vez que nunca atingiria a autonomia.
Quanto às outras, o prazer saudavel das mães e pais é vê-los crescer bem. Faz-se o "luto" do passado para viver o presente e perspectivar o futuro.
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Na entrevista televisiva, impressionou-me uma mãe e a sua filha de cerca de 20 anos, a falarem nas bonecas, já têm várias, como se de bebés se tratassem.
"Matar saudades da filha que já cresceu" e outras frases deste calibre foram ditas pela senhora quase com idade para ser avó (ou ter juízo?).
E a mostraram a cómoda cheia de roupa para a boneca, como algumas mães têm para as suas crianças.
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Será que são revendedoras das bonecas e aquilo não passou de publicidade gratuita? Caso contrário...o grosso da coluna anda à solta!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Poema - Alexandre O ´Neill

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CHAVAL

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Entre o Bem e o Mal,
cresce a borbulha na cara do chaval.
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O chaval ainda não sabe
que a barba, bem ou mal
feita, é uma banalidade
matinal.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Aconteceu...que também em saúde mental, a prevenção começa na infância

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Nunca mais o vi. Há quase quarenta anos ouvia-o falar dos infantários como "mata putos". Riamo-nos mas sabíamos que havia alguma verdade naquela denominação.
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Na altura havia poucos, muito menos que hoje, que continuam a ser insuficientes.
Uma família a quem nasce uma criança tem nas mãos um grande problema, conciliar o retomar do trabalho com o descobrir onde deixar o bebé.
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A nível estatal, só há equipamentos para a infância a partir dos três anos de idade. Mesmo assim muitas só arranjarão vaga aos cinco, já para a pré primária.
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Quando percebemos que uma criança não está suficientemente estimulada, ou em meio organizado, é com relatórios médicos que por vezes se consegue uma vaga. Claro que estou a falar de quem tem o dinheiro contado, e vive com dificuldade até ao fim do mês. Para os outros, a situação é diferente, é mais uma questão de escolha.
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As amas de organizações formadoras e controladoras como a Misericórdia são insuficientes. Cada vez há menos avós disponíveis, a 3ª geração também trabalha. Restam umas primas desempregadas, umas vizinhas que dão um jeito, e umas amas free-lancers. Muitas são pessoas que gostam do que fazem, repetem com as crianças o que já fizeram com os seus próprios filhos, na melhor das boas vontades. Ficarão para algumas crianças uma referência de quem se lembram e procuram durante muitos anos.
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Mas, e tal como ontem deu que falar, com o encerramento dum infantário fantasma, ilegal, há as que tratam mal as crianças, não as estimula, não cantam, não brincam, não lhes falam o suficiente, as fecham em casa e mais grave, lhes dão medicamentos para que durmam e estejam quietinhas.
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Os três primeiros anos de vida são, em termos psicológicos, talvez os mais importantes. Nele se dão os maiores movimentos de crescimento psicológico, que serão depois as fundações para o desenvolvimento futuro.
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Dar medicamentos para pôr crianças a dormir, impedindo-as de se relacionarem com quem com elas está, de serem estimuladas e ajudadas a crescer, é um crime. A notícia foca que o medicamento que a ama selvagem dava era nocivo para os rins. Talvez, mas mata ou distorce o desenvolvimento psicológico da criança e isso é fatal também.
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Há que criar condições condignas para que as famílias possam trabalhar e simultaneamente dar o melhor substituto na sua ausência aos seus filhos. Pode-se discutir que condições serão, pequenas creches, amas com formação, etc.
Não é só querer fomentar a natalidade. Há que dar condições para isso e para o depois. Também compete ao estado. O estado tem de criar condições adequadas e condignas!
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As crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Uma criança com deficiente desenvolvimento, para além da sua própria infelicidade e dos seus pais, custará muito mais dinheiro ao país que uma criança saudável.
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A prevenção a todos os níveis do desenvolvimento começa na infância.
Está na hora, e já vai tarde!