. Fotografia - Magda
Um passeio pelo Parque Natural do Douro Internacional é para se fazer lentamente.
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Hoje relembro Miranda do Douro e o passeio de barco pelo rio. Muitos espanhóis, alguns outros europeus, poucos portugueses.
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O guia pede que durante o passeio não se faça barulho. É um passeio virado para ver e ouvir.
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O barco vai andando pelas águas do rio que corre num vale escavado, de águas profundas e rodeado pelas arribas.
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A palavras do guia vão chamando a atenção para algumas coisas. Depois cala-se.
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Um silêncio espantoso, tranquilizante.
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Chama-nos a atenção para ninhos de cegonhas pretas. Ficamos a saber que as cegonhas voltam todos os anos ao seu ninho, mas se ele tiver sido mexido, abandonam-nos e vão fazer noutro sítio uma nova casa para nidar. Frequentemente os intrusos são caçadores selvagens.
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Lá no alto vê-se um grifo, mais além algumas águias de espécies diferentes. Estão a voltar depois de um período de em que tinham desaparecido.
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Procuramos lontras nas águas. Vemos duas cabecinhas. Têm rareado nos últimos tempos, também são cobiçadas pelos homens.
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A proteção do Parque tem evitado muita dizimação.
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Leio há dias uma notícia do Público, informando que desde outubro não há vigilantes no Parque do Douro Internacional. Mas então, como é, classifica-se mas não se dá continuidade à proteção?