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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aconteceu...ligações psicológicas perigosas entre mães e filhos

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(...) O soldado Milty telefona do Japão. "Mamã", diz ele, "é o Milton, tenho óptimas notícias! Conheci uma rapariga japonesa maravilhosa e casámo-nos hoje. Assim que for desmobilizado levo-a aí a casa, mamã, para vocês se conhecerem." "Pois claro", diz a mãe, "tens de a trazer cá." "Oh, óptimo, mamã", diz o Milty, "óptimo - só que estou agora a pensar, o teu apartamento é tão pequenino, onde é que eu e a Ming Toy havemos de dormir?" "Ora!", diz a mãe, "na cama, claro! Onde é que havias de dormir com a tua noiva?" "Mas então onde é que tu dormes, se nós dormimos na cama?" Tens a certeza que há lugar para nós, mamã?" "Oh Milton querido, por amor de Deus", diz a mãe, "está tudo bem, não te preocupes, há lugar de sobra: assim que desligares o telefone, vou-me matar."(...)
in O Complexo de Portnoy de Philip Roth
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Cristiano Ronaldo "apareceu" com um filho...sem mãe. O facto de dizer que a mãe do bebé foi uma barriga de aluguer, tem de ser visto como uma exclusão (real e psicológica) da existência da mãe. Não será possível à criança fantasiar sobre ela, uma vez que não existe.
A mãe do futebolista veio dar uma ajudinha à compreensão simbólica da situação quando terá afirmado para uma revista cor de rosa "O meu neto é parecido com o pai e com a avó".