terça-feira, 14 de abril de 2020


31º dia de isolamento social (COVID-19)


Ligar a rádio e ler o Público na cama são as minhas primeiras actividades do dia. Ler às vezes as gordas, ou de viés um artigo e algum por inteiro. Agora neste confinamento ver as actividades oferecidas nomeadamente os programas de televisão ou emissões via internet.
Mas hoje teve um complemento, fiz uma sessão via net de Meditação: Mindfullness em Tempo Incertezas, assim o nome ao qual acrescentaria um "de" entre tempo e incerteza.
Foi a primeira vez de Mindfullness, parada, no meu caso deitada. É suposto ficarmos concentradas no corpo, ao som embalador das indicações da orientadora. Mas de vez em quando o pensamento voava para logo de seguida e com atenção à respiração me reencontrar com o corpo, como foram ensinando. 

Lembrei-me depois que a minha Mãe fez uma formação na Suiça  da técnica de relaxamento de Schultz. Para ajudar a relaxar e até para adormecer. Chegada a Portugal a minha Mãe quis experimentar na família e um dia lá foi, todos deitados e ela dando as indicações. Tinha a ver com partes do corpo que deveríamos ir sentindo pesadas, pé pesado, pé pesado, dizia numa voz suave etc. Resultado, adormeceram todos, ela inclusive, e eu fiquei com uma espertina danada, e fiquei acordada até horas tardias.
Talvez pela minha idade, teria uns 12 anos, mas também pelo meu controlo do exterior, que ainda mantenho em certas condições. Digo a sério que nem o melhor hipnotizador terá sucesso comigo.

"A pessoa tem de ter tempo para pensar"- Maria de Sousa, cientista do ramo da imunologia morreu hoje vítima da pandemia de Covid 19.