No passado domingo apanhei o voo da TAP em direcção à Horta. Faço-o com alguma regularidade, a última vez foi em Julho. E nunca tal me tinha acontecido!
O avião parte cedo, às 8 h da manhã. Mesmo com o check-in feito pela internet, tem de se acordar por volta das 6h da manhã, para dar tempo ao caminho e a despachar a mala.
Terá sido por volta das 6h30 que tomei um copo de leite e uma pequena banana. Àquela hora não é facil ter apetite e seria o suficiente até a "refeição ligeira" como agora lhe chamam que é servida dentro do avião durante o voo.
Pouco depois de se iniciar a viagem, com os cumprimentos e avisos que são dados pelo microfone, ouvi com espanto que atendendo ao número insuficiente da tripulação de bordo nada seria servido durante o voo.
A meio da viagem, o leite "já era" como dizem os jovens e um ligeiro enjoo fruto de alguma hipoglicémia começou a sentir-se. Não, não sou diabética, mas é normal ter-se fraqueza quando se comeu há umas horas.
Levantei-me, fui ao fim da cabine, lá estava uma hospedeira a quem expus a situação. Com um tom um bocado arrogante perguntou-me com ar admirado se eu não sabia que nada seria servido. Não, eu não sabia. Mas os colegas de terra deviam ter dito. Muitas pessoas tinham vindo prevenidas, disse, como a reforçar a minha falha. Insisti e ofereceu-me uns amendoins.
Bom, o problema que ponho é este: quando entrei no avião da TAP para a viagem, não fazia a mínima ideia que tinha iniciado uma viagem low cost. Tanto quanto sei o preço do bilhete não foi mais barato do que quando a refeição é servida.
Cortes na qualidade pagando o mesmo? Haverá quem protesta ou o receio de ficar fechado na ilha cala as bocas?