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Aqui não tenho relógio
nem de corda nem de sol,
que sol não há nesta cave.
Sai-me o tempo destas mãos
tão parcas e corroídas,
desenhando um necrológio
neste sapato, lençol
levitando em asa de ave.
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Prego e prego, sois irmãos
das minhas horas perdidas.