quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Poema - Manuel António Pina

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RESPOSTA
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Algo mais elementar que o espaço e o tempo,
e a escuridão luminosa do Areopagita,
uma hipótese ilegível, antes do pensamento,
uma sílaba só de uma palavra não dita,
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sem sentido e sem finalidade, apenas uma ocasião,
como um olho único e cego que vê
do fundo da sepultura da razão,
vaste comme la nuit et comme la clarté.
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Um sonho
de uma sombra de quê?