sexta-feira, 19 de março de 2021

Um intervalo prejudicial. Vacinação suspensa. Recomeça na próxima semana.

 362º dia do recomeço do blog

Situação complicada esta de se criar uma ideia que a vacina da Astrazeneca causava trombo-embolismo.

A Europa quase toda alinhou nisso e parou a vacinação para estudar o assunto. Uma semana que veio atrasar a vacinação. Uns dias depois provou-se que a percentagem é igual aos trombos causados normalmente e até menor aos que podem ser provocados com um anti inflamatório "banal", daquelas que as pessoas têm em casa e se automedicam volta não volta.

Ao perceber o preço desta vacina comparada com as outras, chama a atenção o diminuto valor que esta custa. O laboratório prescindiu do valor do trabalho. 

E quem lançou isto e a quem serve?

quinta-feira, 18 de março de 2021

30 anos de Coro Art.

 361º dia do recomeço do blog

Hoje houve um zoom revendo o trabalho do Coro Art durante os seus 30 anos de existência. 

O coro nasceu em 1990, com o maestro com o Zé Leonardo, depois com o Luís Almeida e depois com a Sara Afonso até hoje.

Foram citados os presidentes da direcção que houve. Fui nomeada porque fiz parte de uma, éramos três e recusamos haver um presidente, éramos todas embora com funções determinadas mas decisões conjuntas.

Foram relembrados vários concertos que realizámos, houve quem nomeasse alguns que achei um flop, como um flashmob numa vernissage. Gostei particularmente "os dias da rádio", só com anúncios antigos e alguma encenação. E foi muito giro um que realizámos numa escola primária do Alto da Faia, com 400 crianças sentadas numa escadaria e que se fartaram de cantar connosco.

Esta reunião hoje, que poderia ter sido com muita gente, do actual coro éramos só 4. Uma reunião muito envelhecida, a brincar lembrei-me das comemorações com os antigos combatentes da 1ª guerra.

Passada esta pandemia, irá o Coro Art recompor-se e rejuvenescer-se?

quarta-feira, 17 de março de 2021

Concursos televisivos e cultura

 360º dia do recomeço do blog

Gosto muito de concursos televisivos, sobretudo dos ditos de "cultura geral". Esta é muitas vezes pouco geral, até de pouco cultura. Mas é divertido assistir, mais do que participar.

Aqui há uns anos participei no Quem quer ser Milionário Alta Pressão, com o José Carlos Malato. Ainda hoje penso como tive lata. E muita gente viu porque recebi muitas mensagens, telefonemas e até um vídeo do programa. Saí de lá com 500€, errei a pergunta dos 3500€ convencida que tinha acertado. Curiosamente lembro-me da minha resposta que estava errada, James Dean, como um actor que gostava muito de velocidade, contra Steve Mac Queen que estaria certa. 

Não admira pois que sempre que posso veja o Joker, com o engraçadíssimo Vasco Palmeirim. Um bom espectáculo de entretenimento.

Há, claro, bons concorrentes. Mas também lá vão perfeitos ignorantes, quase todos com formação superior. Isso deve levar-nos a questionar quem é hoje licenciado, muita gente, e em termos de cultura para que serve.

Muita da nossa cultura pode vir do berço. Facilita. Mas isso não implica que outros a tenham. Estuda-se, lê-se, vamos a museus, cinema, concertos etc.

Ontem por exemplo, uma licenciada em gestão, nunca tinha ouvido falar de Richard Zimler. Para além de escritor é casado com um cientista e deputado, Alexandre Quintanilha, o que na altura foi bem falado. Tem vários livros muito interessantes e bem escritos e ainda agora saiu ou vai sair um novo. Dá na televisão e nos jornais. A pergunta era sobre a dupla nacionalidade dele, que é americano de origem e português. A escolha dela foi alemã. Impressionou-me a tortuosidade da escolha, que teve a ver com um nazi que tinha um nome cuja sonoridade lhe fez lembrar. Coitado do Zimler que é judeu.

terça-feira, 16 de março de 2021

Confinamento e maus tratos.

 359º dia do recomeço do blog

Li hoje notícias sobre o aumento do trabalho que uma comissão de protecção de crianças e jovens em perigo teve durante o confinamento.

Maus tratos a crianças, com toques de malvadez mas também de grande perturbação psiquiátrica de quem o fez.

Doentes com esquizofrenia, por exemplo, ficam compensados quando tomam um antipsicótico. Pode ser por via oral, comprimidos, ou por meio de uma injecção mensal ou com uma periodicidade mais pequena. É de controle difícil quando uma família fica confinada. Para certos doentes as equipas de enfermagem vão a casa fazer o injectável.

Não sei como terá sido neste período mas fiquei muito impressionada com o que li, maltratos com marcas de queimadura na cara, zona que quando a violência "é controlada" é evitada para não ser vista. Foi o caso de uma professora que estranhou um miúdo fazer a aula por vídeo de máscara posta. Pediu-lhe para a retirar e tinha marcas de queimadura feitas por colher aquecida.

Foi retirado à família mais uma irmã pequena de quem ele tomava conta e estão agora protegidos. Certamente precisarão de apoio psicológico.

Mas o doente lá de casa precisa de tratamento sem falta.

Só uma frase de esperança, embora sejam alguns casos é uma percentagem ínfima em relação aos que não sofreram. 

Ainda bem que abriram as escolas!

 358º dia do recomeço do blog

2a feira e eu mantive-me a dar um passeio a pé. Em Lisboa.

Encontrei pessoas a fazer marcha, bicicletas que passaram por mim, outras a correr.  Poucos carros por onde andei mas prédios perto.

Foi com muito prazer que ouvi os risos e os barulhos de brincadeiras das crianças da escola, que reabriu hoje até ao 4º ano. Devia ser a hora do intervalo. 

Foi uma violência para as crianças mais pequenas terem de ficar em casa e tentarem aprender a matéria escolar através de um écran. 

Uma parte importante da escola que não vem nos livros é a socialização. A aprendizagem em casa não permite isto e por toda a vida vamos precisar de nos relacionarmos.

Foi também uma violência para os pais que tiveram de trabalhar em casa com as crianças. 

Não foi tudo mau, a algumas famílias permitiu-lhes um convívio e um conhecimento mais próximo. Mas por outro lado também sabemos como a proximidade gerou conflitos, chegando a situações de grande violência, a que algumas crianças foram sujeitas, por sofrerem directamente ou assistirem.

Ainda bem que abriram as escolas! 

domingo, 14 de março de 2021

O soutien. Cada vez mais distraída? A endoidecer?

 357º dia do recomeço do blog

Que chatice, acordo sempre cedo. Aproveito para ler no tablet o jornal que assino e só depois me levanto.

Isto para dizer que nessa altura estou já bem acordada.

Agarrei na roupa para vestir e levei para a casa de banho. Não reparei se o soutien estava lá.

Na casa de banho ao tirar o pijama vejo que dormi com ele. Falei sozinha sobre a minha distração.

Já dentro do duche, com ele ligado e a ensaboar-me vi que ainda o tinha vestido.

sábado, 13 de março de 2021

Com um ganchinho ficava melhor

 356º dia do recomeço do blog

Parte da minha vida usei franja. Usei e uso apesar da minha idade. Franja para a frente e a direito desde há umas décadas..

Na 3a e 4a classe tive a sorte de ser aluna da Alice Gomes, uma das introdutoras da educação pela Arte em Portugal. Eram aulas divertidas, aprendia-se sem dar por isso, através da música, da representação, do desenho. 

Lembro-me da Rosarinho, nunca mais soube dela, que numa representação de um quadro da Primavera, não sei como, ficou com a saia a arder. Vi a Alice Gomes saltar nem sei como por cima de tudo e abafar o fogo. Não passou de um susto para a aluna e para a professora. Foi muito rápido, a maioria nem teve oportunidade de se assustar.

Nem todas as minhas colegas se deram bem com este tipo de aprendizagem e houve algumas reprovações no exame de admissão aos liceus.

A minha Mãe, numa ocasião, pediu licença para ir filmar parte de uma aula. Nessa altura o meu cabelo era grande, risca ao lado e uma enorme franja comprida que me tapava um olho. E, uma vez que eu iria ser filmada pela mamã, a minha professora quis que eu com um ganchinho a segurar o cabelo ficasse com os dois olhos à mostra. E tanto quanto me lembro a franja lá ficou como eu queria. 

O filme, que vimos na altura, desapareceu. Alguém que o quis passar para cassete estragou-o. Tive pena.