sexta-feira, 26 de junho de 2020



105º dia de recomeço do blog


#Dica sobre como poupar dinheiro#

Notícia de telejornal hoje - Aumentaram os depósitos  bancários durante a pandemia. 

Em Março uma notícia chamava a atenção para a possibilidade do dinheiro ser um transmissor do vírus Covid-19. 

Durante o confinamento muitos ficaram em casa por terem sido despedidos, por terem ficado em layout com ordenados reduzidos e portanto sem dinheiro. Outros ficaram em casa com os ordenados mantidos mas sem ter, para além dos supermercados e algum take away, onde gastar o dinheiro. Claro que há as compras pela internet mas nem todos os fizeram, a maior razão por falta de utilidade ou utilização.

Até a droga teve dificuldade de chegar a Portugal, visto os aviões e comboios internacionais terem sido suspensos!

E se houve pessoas que para não serem contaminados não mexeram nas notas?

quinta-feira, 25 de junho de 2020



104º dia de recomeço do blog



Da série #deixei isto mesmo para o fim# 

Estamos novamente com o covid-19 em grande, em Portugal sobretudo na zona de Lisboa e concelhos limítrofes. Mas voltou a subir em todo o Portugal e muitos países da Europa.

Está o país dividido em três fatias. Cada uma tem as suas regras.



Todos os dias há novos locais com um surto. Não, não é por se fazerem muitos testes, é porque o vírus anda por aí. Depois com os testes contabiliza-se.

Mas acho estas medidas uma hipocrisia!

É a classe que tem piores condições de trabalho e de habitação que mais se infecta. São problemas que já existiam antes do vírus. 
Eu não sabia que Portugal continuava com tantos problemas sociais!

"Mantenham as distâncias" diz quem manda.




Quem tem de usar transportes vai que nem sardinha em lata. Mostraram hoje na televisão uma carruagem à cunha!

O governo decidiu que a partir do dia 1 de Julho, daqui a quase uma semana aumentam o número de transportes, camionetes e comboios. 


Esta semana continuem a infectar-se! 



quarta-feira, 24 de junho de 2020



103º dia de recomeço do blog


Falei há dias do VW da minha Mãe.
E uma história me veio à cabeça.

Nascida em 1923 a minha Mãe foi uma pioneira.
1ª mulher médica pedopsiquiatra portuguesa, e pelo que vou contar a 1ª mulher a guiar um carro em Minde. Anos 50.

Eu costumava em pequena ir passar uns tempos de férias a casa da minha Avó Elvira. Ela morava em Lisboa mas no tempo da ameixas, dos figos e do azeite passava lá umas temporadas. 
Talvez eu fosse em Setembro, época dos figos, porque quando as aulas acabavam eu fazia praia em São Pedro do Estoril, e em Agosto fazia com os meus pais.


Este acontecimento em que a minha Mãe deve ter sido pioneira, passou-se, teria eu uns 5 ou 6 anos, já a minha Mãe tinha o carro.
E de vez em quando ia-me visitar. Hoje é a 1h de Lisboa porque tem autoestrada mas na altura era muito mais demorado.

Eu aguardava a minha Mãe e começo a ouvir muitas vozes de miúdos. Fui com a minha Avó à porta e o que era? A minha Mãe ao volante e muitas crianças atrás dela a gritarem contentes "Olha uma chófera, olha uma chófera"!

Terá sido a 1ª mulher que ali apareceu a guiar um carro! 

terça-feira, 23 de junho de 2020



102º dia de recomeço do blog

23 de Junho, véspera de São João.

Em muitas terras portuguesas se festeja o São João, talvez nenhuma tanto como o Porto. 
Este ano, tal como o Santo António de Lisboa, por causa do Covid-19 não haverá festejos de rua.


 Foto que tirei em Minde este mês.

Este é um alho porroNunca vivi o São João no Porto, mas vi muitas filmagens e li muitas descrições. Multidões na rua, música e alegria, que tantas vezes escondem tristezas e misérias. Com um alho porro na mão metiam-se com conhecidos e desconhecidos, passando-o pela cara como uma festinha ou dando com o alho na cabeça. Até às tantas da madrugada.

Mais tarde, e não sei o porquê, o alho porro foi substituído por uns martelinhos de plástico, que fazem um barulho que acho irritante.

Sou e sempre vivi em Lisboa embora a família do meu Pai seja do Porto. Porque não fui nunca, tendo passado tantos São João em casa dos meus avós?
O que me diziam é que era uma festa popular, do povo e não para meninas como eu. Subentendido que eu era doutra classe? Superior de certeza...

Hoje sexagenária, como leio o impedimento?
O meu avô morreu quando eu tinha 14 anos e nunca mais fui lá para casa passar dias. Portanto eu era muito novinha. Não sei com quem poderia ter ido, certamente não com eles e não me lembro de tio ou primos me terem convidado para ir. Essa deve ter sido a razão principal, não poder ir sozinha. Mas foi o preconceito que me ficou muito tempo na cabeça.

segunda-feira, 22 de junho de 2020



101º dia de recomeço do blog


Nada está resolvido mas alguma coisa há-de mudar, nem que seja o calendário que criei.

Morreu um artista português de 49 anos. Parece que foi suicídio. O FB e outros órgãos de comunicação escrevem, escrevem.  
Deixem-no em paz mais à família.

Não vejo normalmente telenovelas, onde trabalhou muito e pouco no teatro de onde o conhecia. Vi-o actuar umas duas vezes, em companhias de teatro diferentes. Era um bom actor.

Tenho lido tanta coisa no FB sobre depressão e suicídio. Não de médicos especialistas nem psicólogos. Esta morte desencadeou nas pessoas vontade de dizer o que julgam saber mas também o que dizem sentir. Tanta gente medicada há anos, que afirma que será até ao fim da vida.

Depressão é um nome muito geral e pode equivaler a casos muito diferentes na sua gravidade e etiologia.

Nem todos respeitam por não o compreenderem o sofrimento do outro e a psiquiatria e a pedopsiquiatria sempre foram os parentes pobres das especialidades médicas. Mesmo os médicos em geral não têm noção do sofrimento que as pessoas podem ter.

Estava eu de urgência há uns anos e a meio da noite apareceu uma adolescente jovem com um braço ligado. Em mutismo inicial, chorou depois  antes de conseguir falar. Tinha-se automutilado no braço depois de uma situação de conflito familiar. 

Lá estivemos a conversar, eu mais a ouvir, até que lhe pedi que me mostrasse os cortes. Recusou, continuei a ouvi-la, deixando-a deitar a sua zanga para fora e ajudando-a a pensar. Sem estar à espera, o meu colega da cirurgia pediátrica aparece à porta e digo-lhe que não sei ainda se precisarei dele mas que ainda não tinha visto os tais golpes. Ela estava bem e eu desconfiava que não seriam graves.

Mas ele aproximou-se, agarrou-lhe o braço com força e disse que era o que faltava, que não era da pedo, não tinha essas paciências, era para ver então via-se e arrancou-lhe a ligadura. Os golpes não eram muito profundos e umas gotas de bétadine resolveram a coisa. Mas não o sofrimento.

As automutilações acontecem em pessoas cujo sofrimento psíquico é tal que a dor física é a tentativa de "distrair" do sofrimento mental. Momentaneamente pode aliviar, como eles dizem mas depois recomeçarão se não forem ajudadas por técnicos experientes.


O actor em questão,  sozinho numa praia, automutilou-se fatalmente. Com que sofrimento psíquico andaria!!!



domingo, 21 de junho de 2020



100º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada



100 dias, são muitos dias!
Amanhã começará outra série. Ainda não sei que nome lhe dar.

100 e sem são palavras homófonas, e tão diferentes no sentido.
Por acaso, aqui para a minha vida desde o início desta quarentena são quase sinónimos. Não fosse o telemóvel era mesmo sozinha.

Li algures que o viver só, se a princípio custa depois torna-se um vício. Tal e qual! Quem me aturaria com os meus horários? Comida quando apetece, sair de casa para andar na areia da praia quando acordo, normalmente entre as 8 e as 9h, ver tudo o que me apetece na televisão, quase só RTP2, e tantas outras coisas. Será vício ou egoísmo?


Estas páginas, as fotos das minhas refeições, dos sítios por onde me confino, tudo isto são marcas. As marcas do tempo servem para nos organizar. E tenho conseguido!

sábado, 20 de junho de 2020



99º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada



Solstício de verão. Hoje. Por isso ou não está um dia maravilhoso! 
Como é sábado, não fui à praia. 




Ler na açoteia, com o CD de Bill Evans a tocar, ficar em casa custa alguma coisa?

O Fim da Aventura, de Graham Greene, um livro que nos prende com prazer. A tradução e o prefácio são de Jorge de Sena. Boa literatura (esteve nomeado para Nobel), aventura, policial, perseguições, com profundo interesse sobre as pessoas, as relações, as crenças.
Vou continuar!