sábado, 13 de junho de 2020



92º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada



Carta ao Pai de Franz Kafka, o livro que estou mesmo a acabar de ler, trata da relação de um filho com o seu pai. Péssima!
O livro foi publicado depois da morte de Kafka,  carta de 100 páginas que escreveu mas nunca enviou.

O escrever é uma forma de expor de forma organizada pensamentos, sentimentos, situações vividas ou inventadas. Perante a folha em branco, antes de qualquer palavra, quem escreve deverá ter já uma ideia? 

Hoje eu não tinha nenhuma. Lamento.



sexta-feira, 12 de junho de 2020




91º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada




Hoje é véspera de Sto. António.
Dia de arraial popular.
Música e sardinhas assadas na rua.

Este ano não há arraiais, nem grupos de mais de 10 pessoas. Regras de saúde pública.

Também não iria, outros prazeres me definiram, mais sossegados.
Amanhã compro um manjerico!




quinta-feira, 11 de junho de 2020



90º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada



Acordar com o tempo virado, pouca chuva, miúda, céu cinzento. Depois parou. O sol espreita envergonhado mas logo se vai embora. Há pouco as cadeiras no pátio ainda estavam molhadas. 

Hoje era dia do terreno que foi limpo mas onde deixaram as ramadas de pinheiro em montes. Considerei perigoso.
Queixei-me ao trabalhador e ele já me avisou que foi lá resolver a situação e que já está pronto.

Fui ver.

Com uma máquina terá desfeito folhas e outros restos que ficaram espalhados pelo terreno. Mas há uns montes de onde sai fumo. A arder lentamente.

Ainda bem que choveu e está previsto continuar a chover. 

quarta-feira, 10 de junho de 2020



89º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada

O jardim da casa é pequeno. O que lá plantámos há 40 anos foi mal dimensionado. O pinheiro, era um pinhão, e o cipreste coube no meu Honda 600. Agora ambos mais altos que a casa, quase se abraçam lá em cima. Perigosamente perto dos telhados.

Os muros estão cobertos de heras. Os passarinhos, numa casa não vividas vivem felizes, várias gerações e espécies pela forma de cantar.  
                                                                    Quando me aproximo são muitos os que voam, saindo das árvores ou das paredes forradas de folhas. Voltam quando me afasto.

Mal eles sabem que este paraíso está prestes a acabar. Só aguardam que os trabalhadores humanos venham deitar isto tudo abaixo. Questão de risco, assim como está é muito perigoso para nós.
Quanto a eles...  
                      

terça-feira, 9 de junho de 2020



88º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada



Saí de casa máquina de fotografar ao pescoço. 
Oiço alguém dizer, a Dra. vai tirar fotografias.

Como disse ontem, só no meu pátio interior fico anónima.

Com o calor de Maio os oregãos ficaram grossos mais cedo.
Apanhar oregãos é como na praia andar à conquilha, há sempre mais uma que não nos deixa vir embora.

segunda-feira, 8 de junho de 2020



87º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada



Estive quase todo a tarde a ler. É fascinante o livro a que me referi ontem, não tendo referido o humor delicioso que certas páginas contêm.

Li meio ao sol meio à sombra no pátio interior que esta casa tem. Só com um drone podia ser vista.

Vem isto a propósito de uma história que a minha Avó Elvira contava imitando o sotaque desta gente.

Parece que alguém cá da terra lia muito. E era visto com os livros para onde quer que fosse. E um comentário que correu, foi..."o home tanto lê que hádes tresler".
Delicioso!

domingo, 7 de junho de 2020




86º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada



Como não escrevo só pelos acontecimentos do dia, notícias, política mas também coisas passadas de que me vou lembrando, tenho por vezes receio de me repetir. 

E resolvi reler uma ou outra coisa escrita em 2010. Reparei que publicava poesia, não minha que não a escrevo. Mas de poetas, alguns muito conhecidos outros de quem não voltei a ler.

Sim, leio muito menos poesia que antigamente. 
Mas quando leio é em voz alta que continuo a ler.

O que me acontece agora, sem ser poesia, é ler em voz alta para não me desconcentrar. Tem dias e se calhar textos.

Ontem comecei a ler um livro do José Rodrigues Miguéis, Uma Aventura Inquietante, que comprei por 3€ numa livraria solidária de livros usados. Há muito tempo que não lia este autor. Inesquecível A Escola do Paraíso! Este é um policial e agarrou-me desde o início mesmo a ler para mim, como é mais habitual. Bem escrito, como era de esperar e com a história a deixar-nos sempre curiosos e como diz o título inquietos.

Não, isto nunca tinha escrito, posso ficar descansada.