quinta-feira, 25 de agosto de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Aconteceu...há quanto tempo é que eu não andava de taxi?

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Chamei um taxi pelo telefone, onde deixei a morada e nome. Ao chegar, o taxista começou por se apresentar e cumprimentar-me, sabendo que eu era a senhora Magda. Era simpático (talvez demasiado) e falador.
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Pouco depois já eu sabia que a filha, adulta,estava com uma depressão há mais de um ano. Estava a tratar-se numa médica, mas ele não tinha confiança nela. Não sabia porquê, mas não lhe parecia suficientemente boa, embora reconhecesse que ela estava um pouco melhor e que nunca necessitou de meter uma baixa.
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Quis-me dizer o nome da dita mas não se lembrava. Rapidamente pegou no telemóvel e ligou à filha. Pude então assistir ao seguinte diálogo, que reproduzo de cor. Então minha querida, isto é cá um namoro!... ainda há pouco te liguei e já estou outra vez. é o que faz gostar-se muito de alguém...Olha, como é que se chama a tua médica, perguntou, e a partir daqui percebi que era com a filha e não com a mulher que ele estava a falar.
Ela disse-lhe prontamente e sem perguntar para quê e despediu-se com um adeus meu amor!
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Fiquei um pouco impressionada com esta relação do pai com a filha. É aliás uma das coisas que me impressiona é a confusão dos papeis numa família. Somos amigos? Somos colegas? Ou temos gerações com funções próprias, não deixando de ser amigos dos filhos.
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Um pai que quer ver uma filha crescer bem, não se pode agarrar a um papel sedutor. Terá de querer ver a filha crescer para ser mulher e arranjar um dia um homem.
Senão só dará razão ao velho Freud, na não resolução do conflito edipiano, com todas as dificuldades daí resultantes.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Poema - César Vieira Dinis

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INSATISFAÇÕES
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Um gesto
é o que fica por dizer,
uma palavra
é o que fica por pensar.
No horizonte de um sorriso
há sempre um mar de lágrimas.
Para além do encontro
espreita a certeza do adeus
e o sonho
acaba na chatice
de acordar.

sábado, 20 de agosto de 2011

Aconteceu...que qualquer dia entro em ti

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...........................Foto - Magda

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poema - Miguel-Manso

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JANELA
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dedico-me ao poema como um
homem velho se dedica a um vaso
com flores

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Aconteceu...esculturas ao ar livre

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Os jardins e parques, para além das árvores e flores, são espaços muito adequados que servem para terem esculturas, maiores ou pequenas mas que se enquadram ficando fazendo corpo com a paisagem. Refiro-me a escultura moderna, de pedra ou aço que suportam qualquer tipo de clima. Muitas vezes essas  exposições são transitórias, deixando os espaços vazios quando elas os abandonam.

Um espaço espantoso é o Parque  National De Hoge Veluwe que rodeia o Museu Kröller-Müller, na Holanda. Só pode ser visitado a pé ou de bicicleta que é distribuída no local onde se parqueia o automóvel. E no meio de um espaço imenso, esculturas modernas (escultores nascidos no século 20), umas tamanho pessoa outras enormes, funcionam como se também da terra ali tivessem nascido.
A escultura colocada ao ar livre estabelece com quem as vê, uma relação de proximidade diferente. 
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Os jardins da Gulbenkian têm algumas, nenhuma gigante, mas é um espaço muito agradável.
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Também Serralves já fez algumas exposição de esculturas gigantes, instaladas no seu parque. A maior parte estiveram em exposições limitadas no tempo, mas mantém algumas que, porque permanentes, fazem parte do corpo do jardim.
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Um espaço muito bonito em Lisboa, e quase desconhecido das pessoas, é o Parque Saúde de Lisboa, antigamente conhecido pelo Hospital Júlio de Matos. Um enorme jardim com árvores enormes entremeadas por espaços verdes com arbustos.
Já por várias vezes foi palco de esculturas ao ar livre, refiro uma em que em todas elas eram integradas camas de ferro, das que antigamente eram usadas no hospital. E outra com esculturas de ferro, realizadas por um psiquiatra-escultor.
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Aliás este último transformou o largo da estação de caminho de ferro de Sines com uma dúzia delas. O largo ficou um museu ao ar livre. Não sei se ainda lá estão, mas que mereciam estar, mereciam.
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Em Vilamoura, no Cerro da Vila, espaço de escavações arqueológicas, dez esculturas gigantes misturam-se com os restos antigos e o verde do campo e relva. Vale bem a visita. Pena que também seja transitória, acabará em Outubro. 

domingo, 14 de agosto de 2011

Aconteceu...que a subida da maré prega partidas inesperadas

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Ainda há praias assim, o pessoal vai almoçar a casa mas deixa tudo na praia. Voltarão depois da sesta e ficarão até ao fim do dia. Às vezes com surpresas como a deste dia...

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Fotos - Magda