quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Aconteceu...tanta electrónica, bolas!

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Apesar da crise, li que os pagamentos feitos com os cartões de plástico mantêm valores altos.
As lojas parecem bastante vazias, mas os terminais não se devem enganar.
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Vejo crianças com brinquedos caríssimos, em famílias que certamente têm dificuldades. A sociedade de consumo e os sentimentos de inferioridade "obrigam" a estas "necessidades".
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Está a haver uma dificuldade de se criar brinquedos com as coisas simples que nos rodeiam. Estão desprezados face aos electrónicos. Mas não haverá lugar para todos?
As caricas que faziam de automóveis, e competiam em pistas feitas na terra, as bonecas feitas de trapos que eram tratadas com tanto desvelo como a mais sofisticada Barbie, as espadas feitas de bocados de madeira, caixinhas, molas de roupa, restos de objectos transformados e com os quais um mundo de fantasia era criado, e tantas outras coisas, não preenchiam e divertiam tanto?
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Em certas famílias parece haver uma diminuição do relacionamento e da criatividade. Os jogos que uniam e divertiam as famílias, juntando várias gerações, parecem estar esquecidos. Muitas famílias brincam pouco ou nada com os filhos, as conversas deixam de se fazer, algumas passam os serões e os fins-de-semana agarrados à televisão, e última das minhas descobertas, famílias em que há um computador por pessoa e que estando na mesma casa falam entre si por Messenger!
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Era bom que neste Natal, as famílias pudessem inventar com os filhos qualquer coisa que os junte sem máquinas, descobrir dentro de cada um e em conjunto as potencialidades escondidas, hoje tapadas pela tecnologia.
Gastava-se menos e seria muito melhor para todos!

2 comentários:

  1. Ontem um pai pediu-me para deixar vir o seu filho a minha casa para o ajudar a fazer um poema numa estrela de papel. A estrela vinha já amachucada, é para levar para a escola, porque a professora pediu. A estrela vem amarrotada em cartolina de um amarelo que devia já ser proibido de triste e feita em cópia por professoras que não dormem, a fazer estrelas e nem vêm estrelas, nem estelas. Este pai é grande, trabalha nas obras, não tem PC, a mãe toma conta de um sr. doente. É tudo como dizes, e aqui não há eletrónica, mas tb não há onde encontrar poemas porque estão lá, mas fechados à chave. Roubá-los-ei ao menino e faremos um céu cheio de estrelas.
    Agora vou para a floresta apanhar musgo com outros meninos para o presépio. Se chover, temos capote. Assim à noite teremos ainda mais poemas e estrelas.Depois enviar-te-ei 1
    para pendurares na tua arvore, ou no teu pensamento. Beijo

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  2. Pois, mas arranjou para o filho uma pessoa capaz de descobrir estrelas, poema, e festa. Porque isso que vais fazer é uma festa e como dizia o Dr João dos Santos, os meninos precisam festas, que são coisas para alegrar e dar vida.
    Fico à espera que mo envies. Muito obrigada.

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