quarta-feira, 31 de março de 2010

Poema - Eugénio de Andrade

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Ainda sabemos cantar,
só a nossa voz é que mudou:
somos agora mais lentos,
mais amargos,
e um novo gesto é igual ao que passou.
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Um verso já não é a maravilha,
um corpo já não é a plenitude.

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